Petrobras, orgulho nacional, garante soberania energética e volta os olhos para o futuro

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É momento da Petrobras permanecer pioneira, ao exercer o protagonismo na pesquisa e fabricação dos combustíveis do futuro


Por Everton Gomes
04/10/2023

Com a vitória das forças democráticas e o governo Lula, um novo horizonte se abre. O faturamento anual, de mais de R$ 600 bilhões, faz dela uma estatal lucrativa e sustentável financeiramente

Em 3 de outubro de 1953, o presidente Getúlio Vargas anunciava, no aniversário de 23 anos da Revolução de 30, uma das suas maiores realizações: a criação da Petrobras. Síntese do processo de modernização da economia nacional iniciado décadas antes, a empresa foi um passo definitivo rumo à industrialização e ao exercício da soberania nacional.

É conhecido que, antes da descoberta da primeira jazida de petróleo explorável no Brasil, em 1939, no Lobato, bairro de Salvador, vozes que desejavam eternizar a condição de monocultor de café em nosso país se levantaram para dizer que seria impossível a exploração de petróleo no Brasil.

Contra o derrotismo (aliado a interesses internacionais), fizeram do verbo um canhão patriotas que dedicaram seus dias à defesa de uma indústria petrolífera nacional, sofrendo por conta disso toda a sorte de perseguições.

Sensível à causa e coerente com sua trajetória nacionalista e desenvolvimentista, coube ao presidente Vargas o ato histórico: embalado pela campanha “O Petróleo é Nosso!”, respaldado por setores das Forças Armadas e por sua ampla base de apoio na sociedade civil, inaugurou aquela que é, hoje, a maior empresa brasileira, com quase 50 mil empregos diretos gerados e centenas de milhares indiretos, em firmas terceirizadas e cadeias de insumos.

Hoje, a despeito do entreguismo de governos passados, que privatizaram a BR Distribuidora e oito refinarias a preço de banana, a Petrobras segue altiva e firme, como ponta de lança de qualquer projeto nacional de desenvolvimento. Com a vitória das forças democráticas e o governo Lula, um novo horizonte se abre. O faturamento anual, de mais de R$ 600 bilhões, faz dela uma estatal lucrativa e sustentável financeiramente no longo prazo.

Mas o panorama de transição energética está na pauta do dia. Os combustíveis fósseis, que não serão imediatamente descartados, estão no centro do debate sobre o aquecimento global e suas consequências climáticas. É momento da Petrobras permanecer pioneira, ao exercer o protagonismo na pesquisa e fabricação dos combustíveis do futuro, com seus centros de excelência e sua mão de obra que está entre as mais qualificadas do planeta.

A biomassa, que é toda matéria orgânica, animal ou vegetal, derivada de produtos agrícolas, é muito mais sustentável ambientalmente do que o petróleo. Atualmente, a Petrobras mantém o Programa BioRefino 2030, com investimentos de R$ 3 bilhões na descarbonização, fortalecendo desde o nosso já tradicional etanol até um combustível de aviação sustentável, chamado de SAF (sigla para Sustainable Aviation Fuel). O resultado? Reduções de até 90% na emissão de gases do efeito estufa, com combustíveis que têm como origem matérias-primas renováveis, como óleo vegetal e gorduras de origem animal.

É a chave do desenvolvimento sustentável com a geração de empregos verdes. Estratégica para a promoção da soberania energética e a geração de empregos qualificados, a nossa Petrobras também será protagonista na geração de energias renováveis. Parabéns a todos os petroleiros e petroleiras pela data que marca 70 anos de luta!

*Everton Gomes é secretário municipal de Trabalho e Renda do Rio e cientista político.