Desde que iniciamos no desafio de elaborar e executar políticas públicas de geração de trabalho e renda no Rio, em janeiro, deixamos clara a nossa meta: aproveitar as potencialidades de uma cidade que tem mar, baía e lagoa, a maior floresta urbana do planeta, sol o ano inteiro e um povo acostumado a conviver de perto com a natureza, para transformar o Rio na capital brasileira dos empregos verdes.

Temos um olhar muito especial para a oportunidade ímpar da transição energética. Queremos apoiar a geração de empregos nas matrizes sustentáveis sem desprestígio aos trabalhadores do setor de óleo e gás, tão importante para a economia do estado do Rio de Janeiro. Em nossa capital temos a sede da Petrobras e uma cadeia produtiva riquíssima no entorno. Acreditamos piamente que é possível conjugar sustentabilidade e desenvolvimento, transição energética e soberania nacional, internacionalização e valorização do que é nosso. Não são objetivos antagônicos, mas complementares.

Com o olhar atento para a sustentabilidade, realizamos em 29 de junho o fórum “Rio de Janeiro: Capital dos Empregos Verdes”, em parceria com o GESEL (Grupo de Estudos de Energia Elétrica), do Instituto de Economia, da UFRJ, no Planetário do Rio, na Gávea, onde reunimos especialistas e representantes da classe empresarial para debater os rumos da geração de oportunidades com empregos verdes em nossa cidade. Foi uma oportunidade para juntarmos a sociedade em torno do tema da união entre a criação de novos postos de trabalho e a preservação ambiental.

Hoje, a geração e distribuição de energias renováveis já promovem mais de 20 mil empregos na cidade, segundo estudos do Observatório Carioca do Trabalho que criamos em nossa gestão. Acreditamos ser possível ampliar em muito esse número. Temos grande potencial no setor da energia solar, gerando demanda por instaladores de painéis fotovoltaicos, trabalhadores que precisam ser capacitados para esta função.

O novo marco legal do saneamento básico produziu em 2021 (início das vigências das concessões do saneamento no Rio) um pico de geração de empregos no setor, com mais de 6 mil novas vagas em 2021 e outras 3 mil em 2022 em nossa cidade. São 45 mil empregos no setor. Precisamos continuar na curva ascendente, e isso só se dá com ações de capacitação profissional que promovam o fomento à mão de obra especializada.

Acreditamos em nossa gestão à frente da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio que nosso programa de empregabilidade, o Trabalha Rio, que intermedia a geração de milhares de empregos, caminha lado a lado com iniciativas de capacitação, que oferecemos em plataforma própria e via parcerias, com a formação para o trabalho.

Com diálogo entre trabalhadores e empresas e capacitação da mão de obra para as profissões do futuro, faremos do Rio uma capital ambientalmente saudável, socialmente justa e economicamente próspera.

*Everton Gomes é cientista Político e secretário Municipal de Trabalho e Renda