Ao todo, lideranças LGBTQI de cinco países participaram do encontro na última segunda-feira

Membros da Executiva Nacional do PDT Diversidade e a presidente nacional do movimento, Amanda Anderson, participaram de reunião com movimentos de diversidade de partidos de outros países da América Latina, na última segunda-feira (24). No encontro, as lideranças LGBTQI discutiram pautas comuns e trocaram experiência de suas militâncias.

Além do PDT Diversidade do Brasil, estiveram na reunião movimentos de partidos de esquerda da Argentina, Chile, México e Uruguai. Assim como o PDT, as outras legendas também são membros da Internacional Socialista (IS) e, justamento por isso, as lideranças decidiram propor diretrizes que contemplem a população LGBTQI na organização internacional.

Para Amanda Anderson, a luta precisa de unidade para avançar e atingir instituições-chave à causa da diversidade. “A gente visa um crescimento comum, tentando pleitear algumas decisões com a Corte Interamericana de Direitos Humanos e com a própria Comissão de Direitos Humanos da Internacional Socialista”, afirmou.

A presidente do PDT Diversidade também comentou o retrocesso nos direitos da comunidade LGBTQI no Brasil nos últimos anos. “Hoje somos resistência. Todas as práticas de cidadania estão sendo garantidas pelo Judiciário porque o que nós tínhamos de decretos federais, a maioria foi extinta. A gente tem um Ministério dos Direitos Humanos que não abarca nossa população, mas tenta desconstruir tudo, a nossa humanização, através de um factoide chamado ideologia de gênero”, explicou a pedetista.

De acordo com a Associação de Travestis e Transexuais (ANTRA), entre janeiro e abril deste ano foram assassinados 56 pessoas transgênero no país. Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), 329 LGBTQIs foram mortos em 2019. O Brasil segue como a nação mais letal do mundo para essa população, contabilizando uma morte a cada 26 horas.