Processo pedetista por abuso de poder político foi movido ano passado e é o mais adiantado no TSE
Estamos a três dias do julgamento de Jair Bolsonaro (22 de junho), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a ação a ser julgada é provavelmente aquela movida pelo PDT ainda no ano passado. O partido foi ao órgão pedir a inelegibilidade do então presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social, durante reunião com embaixadores, em julho de 2022. Se condenado, o ex-presidente da República ficará inelegível por oito anos.
Durante o encontro com representantes de países parceiros, Bolsonaro atacou o sistema eleitoral brasileiro, descredibilizando as urnas eletrônicas e as instituições democráticas do país. O evento foi mal visto por muitos participantes e, ainda assim, divulgado nas redes sociais do então candidato à presidência da República.
“Bolsonaro desvirtuou a realização do ato para propagar seu programa de campanha, que dentre poucas coisas, abarca os ataques à integridade do processo eleitoral como principal sustentáculo de discurso”, diz trecho da ação pedetista enviada ainda no ano passado.
Em janeiro deste ano, o PDT pediu a inclusão da minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança, Anderson Torres, por operação realizada pela Polícia Federal. Embora a defesa de Bolsonaro tenha se queixado, o corregedor-geral eleitoral do TSE, Benedito Gonçalves, entendeu que o documento tem relação com o fato denunciado pelo partido e aceitou sua inclusão no processo.
Pesa contra Bolsonaro ainda uma série de outras ações no TSE, porém a que se encontra mais avançada é a movida pelo PDT. O andamento do processo indica que será com base nele que o TSE irá realizar o primeiro julgamento do ex-presidente, na próxima quinta-feira. Se condenado, Jair Bolsonaro ficará inelegível por oito anos.