Carlos Roberto Lupi, já exerceu os cargos de Ministro do Trabalho e Emprego; Secretário de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro; Deputado Federal constituinte, nota 10 pelo DIAP; Secretário de Estado de Governo; e foi o primeiro suplente do Senador Saturnino Braga; antes de assumir a presidência nacional do PDT, em 21 de junho de 2004, quando Leonel Brizola morreu – cargo para o qual vem se reelegendo desde então, por unanimidade.
Nascido em Campinas (SP), Carlos Lupi foi morar no Rio de Janeiro aos três anos de idade. Começou a trabalhar cedo para ajudar a família e, ao mesmo tempo, estudar. Casado com a jornalista Ângela, tem três filhos e três netos – todos nascidos no Rio de Janeiro – e é formado em Administração, com licenciatura plena em Administração, Economia e Contabilidade, pela faculdade do Centro Educacional de Niterói (FACEN).
Foi na sua banca de jornais, em Ipanema, que conheceu pessoalmente Leonel Brizola pouco depois da volta dele ao Brasil, após 15 anos de exílio. Tornaram-se amigos e o respeito e a amizade o levou a participar da fundação do PDT junto com Brizola, o único partido de sua vida, em que, primeiro, se tornou tesoureiro, depois 2º vice-presidente, 1º vice-presidente até que assumiu a presidência em 2004, sendo posteriormente reeleito sucessivamente.
Na eleição de 1982, vencida por Brizola no Rio de Janeiro, disputou uma vaga de vereador na capital, e, por indicação de Brizola, assumiu seu primeiro cargo público: Coordenador das Regiões Administrativas do Rio de Janeiro. Posteriormente, em 1990, elegeu-se deputado federal; e, entre outras atividades, integrou a Comissão que elaborou e aprovou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sendo considerado Deputado nota 10, pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
Em 1992, licenciou-se da Câmara para assumir a Secretaria de Transportes da Cidade Rio do Rio de Janeiro, na gestão de Marcello Alencar, cargo a que renunciou quando Marcello brigou com Leonel Brizola e decidiu deixar o PDT. Lupi não teve dúvidas: fiel a Brizola, reassumiu o mandato na Câmara Federal.
Em 2002, na última eleição disputada por Leonel Brizola, para senador pelo Rio de Janeiro, Lupi dividiu a indicação do PDT, disputando a segunda vaga para o Senado. Em 2006, pelo PDT, Lupi disputou o governo estadual.
No exercício da presidência do partido, em março de 2007, liderou as negociações que levaram o PDT a apoiar a reeleição de Lula; e, por indicação do Partido, assumiu o cargo de Ministro do Trabalho e Emprego em março de 2007, cargo que ocupou por quatro anos e nove meses, até sair em dezembro de 2011 – já no Governo Dilma.
À frente do Ministério, Lupi considera como principais marcas de sua gestão a geração de cerca de 10 milhões de empregos formais com carteira assinada, a defesa dos direitos trabalhistas, o estímulo à qualificação profissional, o diálogo constante com trabalhadores e empregadores, a regulamentação do trabalho aos domingos, a ampliação dos cursos gratuitos no Sistema S, o fortalecimento das centrais sindicais, e a instauração do ponto eletrônico no Brasil, acabando com antigas fraudes contra o trabalhador.
Como integrante dos conselhos que administram o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), quando ministro, propôs e conseguiu baixar as taxas de juros cobradas do trabalhador – época em que os juros da economia só aumentavam. Também propôs e conseguiu aprovar ações visando maiores investimentos no setor produtivo e na criação de novas linhas de crédito como a linha pró-cotista do FGTS, que oferece aos trabalhadores juros mais baixos para a compra da casa própria.