“Temos que dar um banho de paranismo em nossas estatais”, diz Nelton Friedrich


29/08/2018

O jornal eletrônico Gazeta do Povo realizou, nessa terça-feira (27) um debate entre os primeiros dois candidatos ao Senado: Nelton Friedrich (PDT) e Rodrigo Tomazini (PSOL). Os nomes dos debatedores foram sorteados e cada um teve 45 minutos para expor suas ideias. Nelton contou que decidiu entrar na política novamente – após quase 12 anos sem mandato – pela indignação que sentiu ao ver o banco de negócios que virou o Paraná e o Brasil.

“Política virou um grande negócio para muitos. O povo já não se sente mais representado pelos que se dizem representantes. Houve um grande divórcio entre a população e os políticos. Acho que posso contribuir para mudar esse cenário e resgatar o nosso país”, afirmou Nelton.

Agenda

Nelton Friedrich afirmou que é urgente a criação de uma agenda para o Paraná que contemple não o interesse de grupos, mas o interesse dos paranaenses. “Qual a agenda que temos para o Paraná? Temos iniciativas pontuais, mas não temos um projeto de Estado, de consenso do povo”, elencou. Ele ponderou problemas que para ele se tornaram críticos como a carga tributária e a inflação. Enquanto houve 50% de aumento inflacionário no Estado, no mesmo período houve 146% de reajuste da tarifa da água e 140% na energia. “Este foi um governo de garganta profunda em tributos em cima do povo do Paraná”.

Geração de Empregos

Para Nelton Friedrich, a grande prioridade nacional é a geração de empregos e renda. Ele falou sobre o absurdo do lucro dos banqueiros enquanto milhões de brasileiros padecem desempregados ou tendo que fazer “bicos” para sobreviver. “Será que temos que ter lucro e taxas bancárias mais altas do que tudo que é investido em educação no Brasil? Isso está certo? Tudo isso aprovado pela Câmara e pelo Senado. Claro que não está certo e temos que inverter essa realidade.

Energia

Nelton Friedrich pontou que será o senador das energias renováveis. Ele lembrou que coordenou o movimento contra a venda da Copel no Paraná e vê com tristeza a situação que ela ficou – privilegiando apenas os acionistas. “Agora deturparam a Copel, que está atrás de lucro para os acionistas e aumenta as taxas para os paranaenses. Temos que dar um banho de paranismo em nossas estatais”.

Nelton lembrou de experiências realizadas na Itaipu Binacional, quando ele era diretor, para diversos tipos de energias renováveis que podem ser usadas no Paraná, transformando o Estado em referência nacional e gerando renda no campo e nas cidades, com redução da energia elétrica. “O Brasil pode se tornar uma potência mundial das energias renováveis. Temos inteligência. Falta vontade política”.