Os 100 anos de nascimento de Leonel Brizola serão tema da exposição “Os caminhos a gente encontra caminhando” que a prefeitura de Niterói (RJ), através do Centro Cultural Solar do Jambeiro, inaugura no próximo dia 24, às 18h, no bairro de São Domingos. Em 15 banners, com fotos e textos, será mostrada a trajetória de Brizola: de estudante pobre ao político que liderou a Campanha da Legalidade de 1961 que garantiu a posse do presidente João Goulart e, pelo voto popular, governou dois estados – Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro – tendo sempre a educação pública de qualidade como principal meta de trabalho.
Herdeiro político de Getúlio Vargas e do presidente João Goulart, Brizola tornou-se o principal inimigo dos vencedores do golpe de 1964, passou 15 anos no exílio e, na volta, disputou por duas vezes a presidência da República. Não chegou lá, mas morreu em 2004 na ‘cancha’, na luta por um Brasil soberano e justo com todos os seus filhos.
Brizola nasceu em 22 de janeiro de 1922 e na exposição o visitante terá visão da importância que Brizola dedicava à Educação, à construção de escolas: mais de sete mil, em dois Estados; e de sua batalha histórica pela reforma agrária; além de sua parceria com Darcy Ribeiro na criação das revolucionárias escolas de horário integral, os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), nas duas vezes que governou o Rio de Janeiro. E também do incentivo que deu ao programa Médico de Família, iniciado em Niterói pelo prefeito Jorge Roberto Silveira, depois levado para todo o Brasil.
O Solar do Jambeiro é um centro cultural que abriga exposições de artes plásticas, seminários, cursos sobre preservação e restauração de bens culturais, exibições de peças de teatro e de música, entre outras atividades, administrado pela Fundação de Arte de Niterói (FAN), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cultura de Niterói.
Construído em 1872, a partir da desapropriação pela prefeitura de Niterói, em 1997, começaram a restauração do prédio com o intuito de preservar sua integridade física e restaurar seus aspectos históricos e arquitetônicos, motivadores de seu tombamento federal, pelo Iphan, em 1974.