Iniciativa de desenvolvimento rural pretende beneficiar produtores e alavancar a economia do estado
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), lançou nesta terça-feira (6), a chamada pública para o “Programa de Produção Integrada de Alimentos (PPI)”, que em nova etapa vai atender, primeiramente, 1.120 projetos de agricultura familiar com investimento de R$ 8,5 milhões do Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap), que foi reformulado.
Em reunião com representantes do segmento, o chefe do Executivo destacou que o PPI é uma política pública instituída pelo governo para o fortalecimento da agricultura familiar, pautado na organização dos trabalhadores, na introdução e inovação de tecnologias que melhorem a eficiência produtiva com baixo impacto ambiental, bem como, promovendo a qualificação tecnológica dos envolvidos no processo.
“É um modelo de produção para que o agricultor entenda que em um hectare que ele só produz mandioca, ele pode produzir também arroz, milho ou outros produtos, assim garantir mais lucro naquela área que ele trabalhou”, explicou Góes.
Nesta chamada, o PPI vai atender seis arranjos produtivos, sendo eles o da mandiocultura (720), manejo sustentável de açaizais nativos (220), fruticultura irrigada (80), produção de hortaliças (60), piscicultura (20) e recria de camarão regional (20), totalizando 1.120 projetos.
Entre os que serão beneficiados pelo financiamento está o presidente da associação Agro Bacaba, Ronisson Ferreira da Costa, de 35 anos. Ele segue os passos do pai e do avô no trabalho rural e atua no segmento de manejo de açaizais e recria de camarão no distrito de Carapanantuba – área rural de Macapá.
“Pra gente este programa é muito importante porque temos uma dificuldade imensa, principalmente de transporte, já que somos de uma região ribeirinha. É a primeira vez que temos uma oportunidade como essa”, destacou.
De acordo com o titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Janer Gazel, o programa vai alavancar a produção rural para que os alimentos cheguem com a melhor qualidade na cidade e também proporcionar um desenvolvimento mais justo para o produtor que está na ponta.
“Quando investimos R$ 1 no campo, o agricultor gera um retorno ao Estado de até R$ 7. Então, o programa tem como objetivo estimular a cadeia produtiva e estimular a implantação, o cultivo irrigado e o extrativismo vegetal”, finalizou o gestor.