O prefeito de Fortaleza (CE) Roberto Cláudio (PDT), acompanhado da vice-governadora, Izolda Cela, participou da cerimônia de abertura da sétima edição do evento Semanas da Inovação Suécia-Brasil, realizado nessa segunda-feira (19), como foco no potencial da cadeia de biometano para cidades sustentáveis como Fortaleza.
O evento, promovido pela Prefeitura de Fortaleza, em parceria com a Embaixada da Suécia no Brasil e o Governo do Estado do Ceará, reúne especialistas da cadeia de valor de biogás de ambos os países, com o objetivo de compartilhar conhecimento e discutir como implementar uma cadeia de valor sustentável com foco em transportes públicos em Fortaleza.
De acordo com o prefeito Roberto Cláudio, no próximo ano, uma linha de transporte público vai circular com biometano, como programa piloto, para testar o tempo, eficácia e eficiência da nova tecnologia nos ônibus de Fortaleza.
“As principais emissões de carbono para a atmosfera são o transporte e o lixo nas cidades brasileiras. Usar o lixo para combustível de transporte público é atacar as duas principais fontes poluentes. Então, além da questão da inovação tecnológica, a sustentabilidade também é um ganho concreto”, avaliou o prefeito.
O biometano é um biocombustível gasoso obtido a partir do processamento do biogás. Por sua vez, o biogás é originário da digestão anaeróbica de material orgânico (decomposição por ação das bactérias), composto principalmente de metano e dióxido de carbono (CO2).
Durante o seminário, a empresa Scania apresentou um ônibus movido a biometano. Ele tem capacidade para circular o dia inteiro com um tanque de combustível capaz de armazenar 400m³.
“Trata-se de transformar aquilo o que hoje representa um problema sério de poluição em uma possibilidade virtuosa em que o lixo se transforma em energia. Temos parcerias importantes, como essa da Suécia, Funcap, universidades e iniciativa privada para implantar essas novas experiências e servir de exemplo, mais uma vez, para outras regiões”, explicou a vice-governadora.
A Cegás é pioneira na injeção de Gás Natural Renovável (GNR) proveniente do lixo na sua rede de distribuição. De acordo com o presidente da Companhia, Hugo Figueiredo, cerca de 15% do volume consumido por clientes residenciais, indústrias e veiculares já usam GNR.
“Esperamos estreitar essa parceria com a Prefeitura, expandi-la para o uso do transporte público e, quem sabe, outros veículos de grande porte para tornar a economia do estado mais eficiente”, declarou Hugo Figueiredo.