Em entrevista, Datena relembra previsão do pedetista para a economia confirmada pelo governo nesta semana

Ciro avisou. O termo já se tornou até hashtag e ilustra perfeitamente as análises quase que proféticas do vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes. A última, confirmada pelo ministro Paulo Guedes nesta semana com o anúncio de uma possível hiperinflação, foi exposta por José Luiz Datena na manhã de ontem (12), durante entrevista com o pedetista.

“O quadro é trágico. O Brasil vai terminar esse ano com 930 bilhões de reais de déficit […] Na prática, a dívida pública vai se aproximar pela primeira vez de 100% do PIB […] O que nós estamos anunciando aí é uma pressão de inflação que ninguém quer ver”, dizia Ciro em trecho de entrevista realizada em agosto e reprisada por Datena no programa da Rádio Bandeirantes.

O jornalista de São Paulo reavivou a declaração de Ciro para confirmá-la com trecho de notícia do Estado de São Paulo que leu ao vivo, em seguida: “Aí vem Paulo Guedes e diz assim: Brasil pode ir para hiperinflação se não rolar a dívida satisfatoriamente […] O que você falou lá atrás está acontecendo”, disse Datena a Ciro.

De fato está. Notícia de quarta-feira do Correio Braziliense diz: “Ministro da Economia volta a prometer venda de estatais e diz que o Brasil pode reviver uma situação de inflação descontrolada, como nos anos 1980, se não conseguir continuar refinanciando a dívida pública, que já alcança quase 100% do PIB”.

Não se trata de adivinhação. Como o próprio Ciro afirma, isso é fruto de muita experiência, de um largo estudo acerca das questões políticas, sociais e econômicas do país. O pedetista – que já foi prefeito, governador, deputado e ministro de Estado – lançou, este ano, o livro “Brasil: o dever da esperança”, que condensa sua bagagem na vida pública entre análise do cenário e as alternativas para a retomada do crescimento nacional.

Na entrevista com Datena, Ciro falou de outras questões além da tragédia econômica brasileira. Um ponto bem investigado pelo jornalista diz respeito às eleições presidenciais de 2022. Ciro falou sobre a possibilidade de uma frente ampla; articulações entre Sérgio Moro e Luciano Huck; e a reaproximação entre ele e Lula. O líder pedetista também abordou as eleições municipais do próximo domingo.

Confira entrevista completa abaixo.