Quase dois milhões de soteropolitanos estão aptos a votar, dos quais mais de 80 mil elegerão prefeitos e vereadores pela primeira vez

Foto: Pedro Girão/IBGE

Por Eduardo Rodrigues de Souza
18/08/2020

Dados divulgados no início do mês de agosto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que 147.918.483 eleitores brasileiros estão aptos a votar nas Eleições 2020. Esses eleitores vão eleger novos prefeitos e vereadores em 5.569 municípios espalhados pelo País no pleito marcado para o dia 15 de novembro. Apenas o Distrito Federal e Fernando de Noronha não participam das eleições municipais.

Em Salvador, 1.897.153 soteropolitanos estão aptos para votar, sendo 1.053.151 ou 55,5% composto de mulheres e 844.001 ou 44,5% homens. Participarão pela primeira vez de uma eleição municipal 85.448 conterrâneos entre 16 e 20 anos. Se considerarmos aqueles com até 34 anos, isto é, que nasceram a partir da constituição de 1988 (que completará 32 anos em outubro), chegamos ao número de 624.458 eleitores, cerca de um terço do total do eleitorado apto a votar.

Além de não ter vivido as agruras da ditadura, este eleitorado pós-constitucional que está apto a votar anseia por inovação, criatividade e transparência na atuação pública. Em tempos de pandemia e quarentena forçada, resta óbvio que os candidatos precisarão desenvolver técnicas de comunicação com seu eleitorado, principalmente se quiserem dialogar com este terço mais jovem da população.

Importante ressaltar, principalmente para os mais jovens, que este é o grande momento da democracia, onde se pode escolher em quem acredite ser suficientemente competente para representá-lo. Para isso, é importante conhecer os candidatos, sua história, assistir debates e, nos dias atuais, pesquisar para identificar o que é notícia confiável e o que é fake news.

Assim, o voto dos jovens, tanto de primeira eleição quanto os mais experientes, carrega grande capacidade de renovação da política, possibilitando uma mudança robusta nos desenhos políticos atuais. Agora é hora de cumprir o papel de cidadão, utilizar de sua capacidade eleitoral ativa e escolher de forma consciente os representantes dos poderes executivo e legislativo da nossa cidade para os próximos quatro anos.

 

*Eduardo Rodrigues de Souza é advogado, professor, mestre em Política e Cidadania pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), vice-presidente Nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) e membro da Comissão Nacional do agronegócio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).