Quando o trabalhador era valorizado no Brasil: o ministério de Carlos Lupi


Da Redação
26/04/2021

Artigo publicado pelo então ministro do Trabalho há mais de 10 anos mostra o abismo entre o país do pleno emprego e o atual

 

O 1º de maio se aproxima e o trabalhador brasileiro não vê motivos para comemorar. Com a taxa de desemprego na casa dos 14% e um histórico recente de retirada de direitos trabalhistas, incluindo a extinção do Ministério do Trabalho, o país tem o pior cenário possível: mais desocupados do que ocupados no mercado de trabalho. Mas essa realidade já foi muito diferente.

É preciso retroceder uma década para constatar o oposto do que se vive hoje. A frente do Ministério do Trabalho – então uma pasta sólida e fundamental à administração pública – estava o trabalhista Carlos Lupi. Sua política de geração de emprego e rende, valorização do salário mínimo e do trabalhador foi imbatível. Atingindo recordes de novos postos de trabalho mês a mês, o país chegou ao pelo emprego no final de 2011, quando a taxa de desocupação ficou em 4,7%.

Sobre essa época, e para que se busque o retorno de uma nação favorável ao trabalhador, vale rever um artigo publicado pelo então ministro Carlos Lupi aqui no portal do PDT, no final de 2009, quando a curva do trabalho vivia a maior ascendente da história nacional. Confira abaixo.

 

1° de Maio – dia de celebrar a cidadania

Para milhões de brasileiros, hoje é dia de celebrar a cidadania, representada pela conquista da Carteira de Trabalho assinada. Fruto de décadas de luta dos trabalhadores, este documento não apenas garante a homens e mulheres uma vida com mais dignidade: também ajuda a fortalecer nossa economia.

Nos últimos sete anos, o Brasil criou mais de 12 milhões de empregos formais, confirmando a acertada política econômica do governo Lula. Para se ter a dimensão deste dado, basta lembrar que o mercado formal cresceu 40% no período, e geramos mais empregos do que em qualquer outro momento da história.

Muitos fatores contribuíram, mas nenhum foi tão importante quanto a política de valorização do salário mínimo. Os sucessivos reajustes garantiram aumento de 54% acima da inflação, que injetou bilhões de reais na economia, diretamente para aqueles que mais precisam: os trabalhadores brasileiros.

Segundo o Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a remuneração média do trabalhador brasileiro com emprego formal teve um ganho real de 26%, crescendo em todos os setores econômicos.

Mais bem partilhado, o bolo cresceu. O mercado interno aumentou o consumo e levou o Brasil a vencer a crise financeira internacional, com registro de recordes em sua indústria. Enquanto países importantes do mundo entravam em recessão e demitiam seus trabalhadores, aqui no Brasil conseguimos gerar um milhão de novos empregos com carteira assinada em 2009.

E o melhor está por vir: mantida a atual taxa de formalização de mãode obra, 2010 será o ano com maior geração de empregos da história do Brasil, com a criação de 2 milhões de novos empregos. Um sinal evidente de que o País está dando certo e precisa seguir avançando.

Carlos Lupi – Ministro do Trabalho