Doença causa dores em todo o corpo, fadiga e piora significativamente a qualidade de vida do portador
A deputada federal Flávia Morais (PDT-GO) apresentou à Câmara dos Deputados proposta (PL 1452/23) que institui a Carteira de Identificação da Pessoa com Síndrome de Fibromialgia ou Fadiga Crônica (CIPSFFC). O projeto visa garantir aos portadores da patologia atenção integral e prioritária no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.
O texto proposto determina, ainda, que a carteira será expedida sem qualquer custo para o requerente.
Flávia Morais argumenta que a pessoa com fibromialgia ou fadiga crônica não é facilmente – ou mesmo visualmente identificável –, como em outros perfis de pessoas com deficiência. “Que seja assegurado e garantido atendimento prioritário nos postos de saúde, na fila de espera do SUS, na obtenção de passes livres e demais benefícios”, defende a autora do projeto.
Para a deputada pedetistas, “com o cadastramento pelos órgãos nacionais, estaduais, distrital e municipais teremos, sem dúvida, uma melhor identificação da população fibromiálgica e suas peculiaridades”.
A fibromialgia é uma doença reumatológica que afeta a musculatura causando dor. Por ser uma síndrome, essa dor está associada a outros sintomas, como fadiga, alterações do sono, distúrbios intestinais, depressão e ansiedade. Estima-se que a patologia acometa cerca de 2% da população mundial, sendo mais frequente em mulheres.
Os sintomas são variáveis, de acordo com o quadro de cada paciente, e pioram significativamente a qualidade de vida dos enfermos. Alguns deles são: dor em todo ou qualquer parte do corpo por mais de três meses; alteração do sono e fadiga; alterações do hábito intestinal; alterações cognitivas, com falta de memória ou concentração. O diagnóstico depende de avaliação médica. Apesar de tratável, a doença não tem cura.