Projeto pedetista conquista unanimidade da banca feminina na Câmara Municipal de Curitiba (PR)

Projeto pedetista conquista unanimidade da banca feminina na Câmara Municipal de Curitiba (PR)

Ascom PDT do Paraná
06/06/2025

Proposta da vereadora Laís Leão acompanha movimento nacional por garantia do direito, colocando a capital paranaense na vanguarda

Servidores do município de Curitiba (PR) com direito a 30 dias de licença-paternidade. É o que prevê projeto de lei da vereadora Laís Leão (PDT) com coautoria de toda a bancada feminina da Câmara Municipal, e que está alinhado com movimento nacional pelo avanço nesse direito.

De acordo com a proposta, protocolada nessa quinta-feira (5), a licença contará a partir da alta hospitalar do bebê ou da mãe, o que acontecer primeiro. Em caso de falecimento ou ausência da mãe, por incapacidades físicas ou psicológicas, a licença é estendida a até 120 dias. O projeto da pedestista altera a Lei Orgânica do Município (LOM) para atender uma demanda histórica da sociedade.

“Toda a bancada assinando uniformemente esse projeto mostra que as mulheres na política fazem muita diferença na pressão, no sentido de conquistas de direitos que vão fortalecer a sociedade como um todo, vão fazer bem para as mulheres, vão fazer bem para os homens e vão fazer bem especialmente para as crianças”, afirma Laís Leão.

Desde que foi promulgada, a Constituição Federal estabelece que todo trabalhador tem direito a apenas cinco dias de licença-paternidade. Porém, o prazo foi fixado temporariamente para que, na sequência, o Congresso Nacional regulamentasse o direito – o que não ocorreu até hoje.

Em dezembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que o Congresso Nacional foi omisso ao não regulamentar a licença-paternidade. Na ocasião, a Corte deu prazo até junho deste ano para a regulamentação.

Se a proposta da pedetista for aprovada, Curitiba estará na vanguarda da garantia de direitos fundamentais, uma vez que o projeto faz parte de um movimento nacional, suprapartidário, no qual vereadoras, deputadas estaduais e federais, e senadoras articulam a regulamentação da licença-paternidade nas esferas municipal, estadual e federal. A mobilização também tem o objetivo de pressionar o Congresso Nacional a aprovar a regulamentação.

A licença-paternidade é um dos temas trabalhados pela rede “A Ponte”, que abrange mulheres especialistas nas mais diversas áreas. Por meio da “Maré de PLs”, a organização tem incentivado parlamentares de todo o país a levar a pauta da regulamentação da licença-paternidade às Casas Legislativas onde atuam.

Apoio unânime

Na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a proposta da vereadora Laís Leão conta com o apoio unânime das 12 vereadoras da bancada feminina. A parlamentar reforça que a cidade vive um momento histórico.

“A cidade elegeu a maior bancada feminina da sua história. São 12 vereadoras, é um terço do legislativo. Ainda temos muito a caminhar, mas já é uma comunicação muito clara de que a cidade deseja ver mais mulheres na política”, afirma.

Por se tratar de uma emenda à Lei Orgânica, deve haver a criação de uma comissão especial para a análise do tema. O colegiado deve ser composto por nove parlamentares e terá 15 dias para elaboração de parecer.

Ao chegar em Plenário, o projeto será discutido e votado em dois turnos. Porém, deve haver um intervalo mínimo de pelo menos dez dias entre as análises. Além disso, a proposta precisa ter o aval de pelo menos dois terços dos parlamentares, ou seja, 26 votos favoráveis.

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