Martha Rocha e Ana Paula Matos abordaram a proteção social contínua em seminário da Fundação do Rio
A deputada estadual Delegada Martha Rocha (PDT-RJ) e a vice-prefeita de Salvador (BA), Ana Paula Matos, relataram a positiva implementação de políticas públicas incentivadas pelo PDT no enfrentamento da pobreza ao longo da pandemia da Covid-19 debate compôs, nesta segunda-feira (17), o segundo painel do seminário “O Trabalhismo é a saída: respostas para a crise brasileira”, da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP) do Rio de Janeiro.
Mediado no Zoom pelos diretores da Fundação, Luana Mota e Lucas Alvares, o encontro enfatizou o impacto do auxílio emergencial e os necessários pacotes complementares e permanentes de combate à fome nas capitais do Rio de Janeiro e da Bahia, viabilizados por ações diretas do executivo e legislativo nos estados e municípios.
Como coautora na Assembleia Legislativa, Martha Rocha mencionou a aprovação do “Supera Rio”, que prevê uma verba de até R$ 300 para os cidadãos vulneráveis e uma linha de crédito de até R$ 50 mil para microempreendedores e autônomos.
“O estado do Rio, nas pesquisas durante a pandemia, foi o que registrou o maior crescimento da pobreza. […] O auxílio emergencial local surgiu para enfrentar a grave crise sanitária, reduzir as desigualdades e injetar recursos na economia. É comida no prato e vacina no braço”, disse, ao relatar que cerca de 20% dos fluminenses estão na pobreza, com as mulheres sendo maioria.
Citando Jair Bolsonaro como maior símbolo do retrocesso no combate à Covid-19, a parlamentar também afirmou que enquanto o Palácio do Planalto “fazia campanha para cloroquina, o presidente mostrava total desrespeito com os cidadãos”.
“O governo federal desrespeitou, como pôde, os brasileiros. Não vamos esquecer as dificuldades para que o povo pudesse acessar [o auxílio emergencial]. Isso foi burocracia, incompetência ou ausência deliberada de vontade política?”, questionou, ao citar ainda o atraso da vacinação.
“A gente não pode se esquecer das conquistas de Getúlio Vargas. E a primeira canetada do atual governo [Bolsonaro] foi acabar com o Ministério do Trabalho. É a troca de cargos contra o interesse do povo brasileiro”, acrescentou, em uma comparação entre os legados trabalhista e neoliberal.
Responsabilidade
Ao relatar o aprimoramento, nos últimos anos, da política municipal de combate à pobreza, Ana Paula indicou que a experiência acumulada pela Prefeitura facilitou a atuação na pandemia e, consequentemente, a mitigação das lacunas deixadas pela União.
“O governo federal oferece R$ 150, enquanto nós, que somos um município mais limitado, conseguimos entregar R$ 270, que equivalia, no início, a duas cestas básicas e 1 bujão de gás”, explicou.
Em consonância com o auxílio, a gestão municipal promove ainda o acesso às cestas básicas, refeições populares, aluguel social e qualificação profissional, pois, segundo ela, “o alimento é imediato”, mas o estímulo da “perspectiva para a autonomia dos cidadãos” é fundamental.
“O nosso objetivo não é só entregar cestas básicas, mas também oferecer políticas sociais para quem mais precisa. Com o mapeamento, conseguimos identificar e analisar as necessidades das famílias vulneráveis. Tínhamos que ser rápidos e eficientes”, relatou.
Encontros
O secretário-geral do PDT e presidente nacional da FLB-AP, Manoel Dias, estará reunido no dia 24 de maio, às 20h, com o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio e o coordenador de Trabalho e Renda de Niterói (RJ), Brizola Neto, para avaliar o cenário do emprego e da capacitação profissional no estado e no Brasil.
O ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves liderará o debate, no dia 31 de maio, às 20h, sobre a relevância do “apoio ao micro e pequeno empresário e ao trabalhador informal” diante do panorama econômico existente. Rodrigo Nogueira, secretário de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza (CE), e Felipe Batista, do Instituto da Brasilidade, confirmaram presença.
O penúltimo painel, no dia 7 de junho, às 20h, abordará a “reindustrialização dentro das perspectivas de desenvolvimento” progressista ao longo dos próximos anos. A pauta será exposta pelo presidente do Instituto da Brasilidade, Darc Costa, em parceria com o diretor-executivo da Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPETEC), Fernando Peregrino, e a professora da UERJ Christiane Laidler.
No encerramento, o presidente nacional do partido, Lupi receberá o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e o economista Eduardo Moreira para fomentar análises em busca da “construção da unidade popular”. O encontro ocorrerá no dia 14 de junho, às 20h.
Cadastro
Com programação até junho, o seminário permite inscrições através de um canal exclusivo. Para garantir uma vaga, clique aqui.