Primeira Convenção da agremiação pedetista reúne lideranças nacionais do partido em Brasília
O dia 30 de abril foi histórico para o PDT. Com apoio da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), foi realizada a 1ª Convenção Nacional dos Cristãos Trabalhistas, na sede nacional do partido, em Brasília. O movimento nasceu com o propósito de levar as bases do Trabalhismo e do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) de Ciro Gomes para as diversas comunidades eclesiásticas cristãs do Brasil.
O evento reuniu delegados de todo o País, demonstrando a amplitude nacional do movimento, cuja criação encontra coerência na luta pedetista pela liberdade religiosa e a tolerância, pautas que tem suas bases na defesa dos Direitos Humanos. E sua força também pôde ser aferida pelas presenças de Ciro Gomes, vice-presidente nacional do PDT e candidato do partido à Presidência da República, pelo presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, pelo secretário-geral nacional do partido e presidente da FLB-AP, Manoel Dias, e o deputado federal Mário Heringer, entre outras lideranças.
A Convenção surpreendeu pelo tom alegre e bem humorado, conduzida pelo secretário de comunicação do movimento, Fernando Mendonça, que abriu o evento citando a oração de Francisco de Assis. “Que os cristãos trabalhistas sejam luz em meio às trevas da desigualdade”, declarou. Ainda no início, todos ficaram atentos à oração da missionária Sarah Gall, que foi precedida pela leitura de um texto bíblico realizada por Maria Carmen.
O reverendo Cláudio Moreira, eleito presidente dos Cristãos Trabalhistas, fez um contunde discurso, questionando os “vendilhões do templo” que estariam deturpando os ensinos cristãos.
Já o ex-presidente do movimento, pastor Alexandre Gonçalves, visivelmente emocionado, rogou pela tolerância religiosa, condenando os costumeiros atos de violência praticados contra religiões afro-brasileiras e o crescente discurso de ódio disseminado entre os cristãos, em relação ao armamento da população. “Bandido bom é bandido restaurado por Deus”, também afirmou ele, que é policial militar. Ele também fez uma homenagem a toda executiva nacional eleita, que foi convocada a subir até o palco.
A vice-presidente, a irmã católica Jovita Rosa, citou Papa Francisco, ao falar do combate às desigualdades. “Não podemos lavar as mãos, como fez Pilatos, mas devemos lavar os pés uns dos outros como fez Jesus”.
Também homenageado por seu empenho na criação do movimento cristão trabalhista, o deputado federal Mário Heringer (PDT-MG) afirmou que o movimento vencerá as resistências.
A pernambucana Maria Carmem Cristo entregou uma camisa dos Cristãos Trabalhistas a Ciro Gomes, que afirmou, “Podem me filiar ao movimento!”.
No evento, foi lançada a cartilha com os Fundamentos Éticos dos Cristãos Trabalhistas, apresentada pelo pastor Peniel Pacheco e por Pedro Mülbersted. Confeccionada em parceria com a FLB-AP, ela será distribuída em todo o Brasil. E na sequência, foram homenageados os membros mais antigos do movimento, André Gaetta e Isacir Mognon.
Para Lupi, a criação do movimento pedetista cristão vem de encontra a necessidade de se quebrar barreiras, eliminar preconceitos e trazer esclarecimentos.
“Querem impor a ideia de que todo cristão, sobretudo os evangélicos, é conservador e de direita, mas isso não é verdade”, disse Lupi. “A criação do Movimento Cristãos Trabalhistas do PDT, um diferencial na política atual, vem justamente para mostrar a outra face da cristandade, inclusive, arrisco a dizer que é a verdadeira face de amor, solidariedade e fraternidade”, emendou.
Por fim, Cabo Daciolo, que recentemente ingressou no PDT , eu seu discurso, disse já se “sentir em casa e ter se encontrado no Trabalhismo do PDT”. E pediu pela unidade partidária em torno do projeto de Ciro Gomes: “Se é PDT é 12, se é PDT é Ciro”, arrancando efusivos aplausos dos presentes.
Em sua fala final, Ciro Gomes lembrou da necessidade de um projeto de País que combata a miséria e a pobreza e ponderou, ao afirmar que, embora a Constituição não seja antagonista à Bíblia, é importante ressaltar a realidade daqueles que “bombardeiam a religiosidade do povo com pautas morais insolúveis” obscurecendo o debate público, como estratégia eleitoral.
Com um cântico final, se encerrou a convenção, que teve mais de 150 presentes e a cobertura da imprensa.