Pochmann aponta crise da dívida externa em 1980 – imposta pela oligarquia financeira mundial – como o fator político determinante para a desconstrução daquela maioria política desenvolvimentista organizada pela Revolução de 30, quando a prioridade da política econômica passa a ser o controle da inflação. “O Brasil dos anos 70 e 80 tinha um modelo de desenvolvimento baseado nas empresas estatais que produziam tecnologia. Era um tripé, o capital externo, o capital nacional e o setor produtivo estatal. Mas, o capital externo não trouxe produção de conhecimento, isto foi feito no setor estatal. Petrobrás, Telebrás, Mineração, Vale do Rio Doce, tudo vem da visão estratégica montada lá atrás, na Era Vargas”, destaca. Com a crise da dívida externa nos anos 80 surge a visão equivocada que tem como lema quanto menos estado, maior seria o setor privado.. “Nada disso aconteceu. A redução do estado resultou em menor setor privado nacional, a saída do estado expandiu o capital externo”, destaca, lembrando que as 500 maiores empresas que atuavam no Brasil em 1980 eram, em dois terços de empresas nacionais privadas ou estatais, uma situação que hoje se modificou para termos apenas 50 por cento de capital nacional, enquanto o capital externo avançou para dominar metade da economia brasileira. “Transferimos 15 por cento do PIB para o capital internacional e criamos uma nova dependência” denuncia . Condição que pode ser evidenciada ao se analisar o setor de patentes.. Enquanto nosso setor acadêmico e tecnológico é responsável por 2 por cento da produção de conhecimento cientifico internacional, temos apenas 0,2 por cento das patentes mundiais, ao passo que países como China, Malásia, Índia, Coréia do Sul, com forte participação do estado, aumentaram significativamente sua participação nas patentes a nível internacional, argumentou o presidente do IPEA., órgão que está coordenando um trabalho para uma nova política estratégica para o Brasil sustentada nas novas condições políticas surgidas no segundo governo Lula, o que explicaria a sua própria presença na direção de entidade tão importante para o País.
Pochamann adverte: biocombustível pode ser internacionalizado
Pochmann aponta crise da dívida externa em 1980 – imposta pela oligarquia financeira mundial - como o fator político determinante para a desconstrução daquela maioria política desenvolvimentista organizada pela Revolução de 30, quando a prioridade da política econômica passa a ser o controle da inflação. “O Brasil dos anos 70 e 80 tinha um modelo de desenvolvimento baseado nas empresas estatais que produziam tecnologia. Era um tripé, o capital externo, o capital nacional e o setor produtivo estatal. Mas, o capital externo não trouxe produção de conhecimento, isto foi feito no setor estatal. Petrobrás, Telebrás, Mineração, Vale do Rio Doce, tudo vem da visão estratégica montada lá atrás, na Era Vargas”, destaca. Com a crise da dívida externa nos anos 80 surge a visão equivocada que tem como lema quanto menos estado, maior seria o setor privado.. “Nada disso aconteceu. A redução do estado resultou em menor setor privado nacional, a saída do estado expandiu o capital externo”, destaca, lembrando que as 500 maiores empresas que atuavam no Brasil em 1980 eram, em dois terços de empresas nacionais privadas ou estatais, uma situação que hoje se modificou para termos apenas 50 por cento de capital nacional, enquanto o capital externo avançou para dominar metade da economia brasileira. “Transferimos 15 por cento do PIB para o capital internacional e criamos uma nova dependência” denuncia . Condição que pode ser evidenciada ao se analisar o setor de patentes.. Enquanto nosso setor acadêmico e tecnológico é responsável por 2 por cento da produção de conhecimento cientifico internacional, temos apenas 0,2 por cento das patentes mundiais, ao passo que países como China, Malásia, Índia, Coréia do Sul, com forte participação do estado, aumentaram significativamente sua participação nas patentes a nível internacional, argumentou o presidente do IPEA., órgão que está coordenando um trabalho para uma nova política estratégica para o Brasil sustentada nas novas condições políticas surgidas no segundo governo Lula, o que explicaria a sua própria presença na direção de entidade tão importante para o País.