PIB brasileiro se concentra em poucas cidades

    
Metade do PIB de 2005 ficou concentrado em apenas 51 cidades
 
Por Cirilo Junior (Folha Online)
 
A grande concentração é uma das marcas do PIB dos Municípios em 2005, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além de 25% do PIB (Produto Interno Bruto) estar concentrado em cinco cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte), se forem somados mais 46 municípios, será alcançada a metade da geração de riqueza brasileira. O número de habitantes destas 51 cidades corresponde a 30,5% da população nacional.
 
Em 2002, a metade da renda nacional estava concentrada em 48 cidades. Ao todo, o IBGE fez o levantamento em 5.564 municípios.
 
Ao mesmo tempo, 1.371 municípios responderam por apenas 1% do PIB de 2005. Três anos antes, a soma de 1% era feita por 1.338 cidades.
Uma das evidências é o Índice de Gini, que mede a distribuição de renda no País. O índice varia de zero a um, e quanto mais próximo de um, mais desigual é a distribuição.
 
No caso do PIB, esse índice chega a 0,86. Nos Estados de Amazonas e São Paulo, o índice supera a média nacional, chegando a, respectivamente, 0,89 e 0,88. Os menores índices foram notados em Rondônia (0,62), Acre e Mato Grosso do Sul (ambos com 0,67).
 
A pesquisa aponta que 10% dos municípios com maior PIB em 2005 geraram 24,6 vezes mais riqueza que os 50% dos municípios com menor PIB. Na mesma relação, a dispersão na região Sudeste chegou a 38,1. Mesmo excluindo-se São Paulo e Rio, o indicador manteve-se alto, em 24,1. No Norte, Nordeste e Sul, os coeficientes de dispersão foram, respectivamente, de 12,7, 12,8 e 13,6.
 
No Rio de Janeiro, os cinco principais municípios (Rio, Duque de Caxias, Campos, Volta Redonda e Niterói) responderam por 52,6% da população, mas concentraram 67,8% do PIB.
 
No Espírito Santo, as cinco principais cidades (Vitória, Serra, Vila velha, Cariacica e Aracruz) tinham o correspondente a 44,6% da população total do estado. O PIB destes municípios, no entanto, correspondiam a 65,2% do total.
Em São Paulo, as cinco cidades com maior PIB (São Paulo, Barueri, Guarulhos, Campinas e São Bernardo do Campo) representaram 47,8% da geração de renda total do estado. A população dessas cidades somada correspondia a 35,3% do total.
 
Minas Gerais e Santa Catarina apresentaram a menor concentração de renda. No estado mineiro, as cinco principais cidades (Belo Horizonte, Betim, Contagem, Uberlândia e Juiz de Fora) tinham população somada que correspondia a 23,1% do total na região. O PIB destes municípios era equivalente a 34,7% do total.
 
Em Santa Catarina, as cinco maiores gerações de renda, observadas nos municípios de Joinville, Florianópolis, Blumenau, Itajaí e Jaraguá do Sul, corresponderam a 34,8% do total. No caso, a população dessas cidades representava 25,1% da contagem total do Estado.
 
Fonte: Folha Online - 19/12/2007 - 10h04
 

    

Metade do PIB de 2005 ficou concentrado em apenas 51 cidades

 

Por Cirilo Junior (Folha Online)

 

A grande concentração é uma das marcas do PIB dos Municípios em 2005, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além de 25% do PIB (Produto Interno Bruto) estar concentrado em cinco cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte), se forem somados mais 46 municípios, será alcançada a metade da geração de riqueza brasileira. O número de habitantes destas 51 cidades corresponde a 30,5% da população nacional.

 

Em 2002, a metade da renda nacional estava concentrada em 48 cidades. Ao todo, o IBGE fez o levantamento em 5.564 municípios.

 

Ao mesmo tempo, 1.371 municípios responderam por apenas 1% do PIB de 2005. Três anos antes, a soma de 1% era feita por 1.338 cidades.

Uma das evidências é o Índice de Gini, que mede a distribuição de renda no País. O índice varia de zero a um, e quanto mais próximo de um, mais desigual é a distribuição.

 

No caso do PIB, esse índice chega a 0,86. Nos Estados de Amazonas e São Paulo, o índice supera a média nacional, chegando a, respectivamente, 0,89 e 0,88. Os menores índices foram notados em Rondônia (0,62), Acre e Mato Grosso do Sul (ambos com 0,67).

 

A pesquisa aponta que 10% dos municípios com maior PIB em 2005 geraram 24,6 vezes mais riqueza que os 50% dos municípios com menor PIB. Na mesma relação, a dispersão na região Sudeste chegou a 38,1. Mesmo excluindo-se São Paulo e Rio, o indicador manteve-se alto, em 24,1. No Norte, Nordeste e Sul, os coeficientes de dispersão foram, respectivamente, de 12,7, 12,8 e 13,6.

 

No Rio de Janeiro, os cinco principais municípios (Rio, Duque de Caxias, Campos, Volta Redonda e Niterói) responderam por 52,6% da população, mas concentraram 67,8% do PIB.

 

No Espírito Santo, as cinco principais cidades (Vitória, Serra, Vila velha, Cariacica e Aracruz) tinham o correspondente a 44,6% da população total do estado. O PIB destes municípios, no entanto, correspondiam a 65,2% do total.

Em São Paulo, as cinco cidades com maior PIB (São Paulo, Barueri, Guarulhos, Campinas e São Bernardo do Campo) representaram 47,8% da geração de renda total do estado. A população dessas cidades somada correspondia a 35,3% do total.

 

Minas Gerais e Santa Catarina apresentaram a menor concentração de renda. No estado mineiro, as cinco principais cidades (Belo Horizonte, Betim, Contagem, Uberlândia e Juiz de Fora) tinham população somada que correspondia a 23,1% do total na região. O PIB destes municípios era equivalente a 34,7% do total.

 

Em Santa Catarina, as cinco maiores gerações de renda, observadas nos municípios de Joinville, Florianópolis, Blumenau, Itajaí e Jaraguá do Sul, corresponderam a 34,8% do total. No caso, a população dessas cidades representava 25,1% da contagem total do Estado.

 

Fonte: Folha Online – 19/12/2007 – 10h04