PDT pede que TRE-CE investigue evolução patrimonial de Eunício de Oliveira


Da Redação
02/09/2022

Crescimento de valor declarado por ex-senador entre 2018 e 2022 é de incríveis 77%

 

O PDT entrou com uma Representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará contra o ex-senador Eunício de Oliveira (MDB). O partido pede que a corte investigue a evolução patrimonial do político cearense que vem se multiplicando com velocidade desde 1998 – de R$ 13 milhões para R$ 158 milhões.

Só de 2018 pra cá, o crescimento do patrimônio de Eunício foi de assustadores 77%. O político atribui o aumento de recursos à venda de ações de sua empresa. No entanto, chegou a tal montante durante um período em que sofreu diversas acusações de corrupção. Em uma das acusações, ele teria recebido R$ 2 milhões de um executivo da Odebrecht entre 2013 e 2014, período que coincide com a compra de um apartamento em Brasília no valor de R$ 1,47 milhões feita pelo ex-senador.

“Embora repute tal sucesso à venda ações de uma empresa de transporte de valores, causa estranheza e incita a necessidade de maiores investigações o fato de que o empresário, nos últimos anos, esteve ativamente envolvido em diversas acusações de esquemas fraudulentos e atos de corrupção, inclusive durante a Operação Lava Jato”, diz o documento pedetista.

Ao pedir a investigação do patrimônio de Eunício de Oliveira, o PDT aponta uma série de possíveis crimes cometidos contra a administração pública, segundo acusações. Seriam eles: fraudes em licitações; tráfico de influência; recebimento de propina; ocultação de patrimônio; lavagem de dinheiro; corrupção passiva; e caixa 2.

“Obtempere-se, por relevante, que toda essa evolução patrimonial se deu através do uso do poder político divorciado do norte traçado pelo princípio republicano. Isso porque os contratos que evidenciam o aumento patrimonial se deram através de influência política. Ou seja, ultrapassou-se as lindes estabelecidas pelo princípio da moralidade para a consecução de interesses escusos e satisfação de ânimos financeiros pessoais, o que é inadmissível em um Estado Democrático de Direito”, sustenta a Representação.

Leia documento completo abaixo.

Representação