Para a sigla, conduta da Meta é conivente com a atuação de milícias digitais contra o estado democrático
O PDT requereu, nesta sexta-feira (17), que a empresa Meta seja intimada a prestar esclarecimentos no inquérito das milícias digitais acerca da mudança de sua política de checagem de fatos e de combate a condutas de ódio.
A Meta – responsável pelas redes sociais Instagram, Facebook, Threads e WhatsApp – anunciou recentemente o fim da sistemática de checagem de fatos independentes, além de modificações na política de combate a discursos de ódio e no próprio algoritmo das redes, de modo a fornecer maior quantidade de conteúdo político para os usuários.
Para o partido, é preciso investigar “se a postura empresarial da META contribui, dolosamente, para instigar, acobertar ou propiciar um ambiente favorável à atuação de milícias digitais em detrimento do estado democrático de direito”. O PDT afirma que a Meta assumiu o risco de que as novas políticas de sua plataforma encubem uma série de condutas criminosas, muitas das quais já vêm sendo apuradas pelo STF nos inquéritos das fake news e das milícias digitais.
Em relação à notificação extrajudicial expedida pela AGU à Meta, o PDT aponta que a resposta da companhia apenas reforça a sua ciência da gravidade dos fatos e o “intuito político e ideológico de, sob o pretexto da liberdade de expressão, encampar-se, de fato, uma conduta mais permissiva a conteúdos falsos, inexatos, odientos ou injuriosos”.