Com 14 propostas aprovadas, o Trabalhismo se torna um dos protagonistas no enfrentamento da emergência climática no país
O PDT fez história na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do dia 6 ao dia 9 deste mês, Centro de Convenções Internacional do Brasil (CCIB), em Brasília (DF). Foram quatro dias de importantes debates acerca do tema “Emergência Climática: o desafio da transformação ecológica”, com uma participação fundamental do movimento pedetista Ecotrabalhismo, que teve 14 temas aprovados dentre os diferentes temas abordados.
“Estamos promulgando o nome do PDT e do Ecotrabalhismo. E isso é fruto de um trabalhando conjunto. Me sinto honrada por ter uma equipe maravilhosa, competente e dedicada nesse trabalho que durou seis anos”, celebra Ivana Groff, presidente nacional do movimento. Ela conta que, para essa quinta Conferência Nacional, que aconteceu após um hiato de 11 anos, o movimento pedetista realizou uma prévia de várias Conferências Livres, e,m âmbito municipal, e, posteriormente, 14 conferências estaduais.
Dessas centenas de encontros, que debateram exaustivamente as proposições trabalhistas acerca das políticas ambientais propostas para serem apresentadas ao Ministério do Meio Ambiente, saíram os delegados eleitos para apresentar e discutir as políticas propostas na Conferência Nacional. Com direito a voto, os representantes participaram de debates divididos em cinco eixos, cada um com grupos de trabalho e demandas relacionadas aos temas: I Mitigação (Reduzir os impactos negativos sobre o meio ambiente); II Adaptação e preparação para desastres; III Justiça climática, IV Transformação ecológica; V Governança e educação ambiental.
Recursos, educação ambiental e proteção ao animal
Fruto de amplos debates realizados nas conferências promovidas pelo Ecotrabalhismo em todo o país, e que, também foram destrinchados no 6º Congresso Nacional do PDT, as proposições pedetistas demonstram o alinhamento da pauta trabalhista com as necessidades contemporânea da população brasileira na questão ambiental. Entre elas destacamos:
- Garantir a destinação de no mínimo 5% do orçamentos dos entes da Federação, em face da emergência climática, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente, com ênfase nas ações de gestão, fiscalização, restauração florestal e educação ambiental climática.
- Implementar a Educação ambiental decolonial crítica e transformadora como prática integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades de ensino, de forma transdisciplinar e conectada aos territórios, integradas a temas como historicidade, justiça social e climática, racismo ambiental, saberes tradicionais, mitigação, adaptação, consumo consciente, cultura oceânica e saúde única.
- Criar política nacional sobre os direitos dos animais , incluindo a proteção em desastrares climáticos, prevendo a instituição de conselho específico paritário e fundo com doação própria voltado para resgate, reabilitação, formação de equipes especializadas e apoio a instituições públicas e privadas envolvidas no manejo ético destes animais.
Posicionamento
“Nossa participação foi uma forma de o PDT marcar posição na discussão da emergência climática e mostrar que o nosso partido não apenas está preocupado com a questão, como também está alinhado com as demandas da atualidade e tem essa como uma de suas pautas centrais. Contribuímos significativamente para as discussões”, avalia Sophia Vergueiro, presidente do Ecotrabalhismo do estado de São Paulo, que nessa Conferência foi eleita representante do Eixo que trata da Preparação e Adaptação para Desastres Ambientais.
Para Sophia, que atua como gestora ambiental e e metre em sustentabilidade, por meio da atuação do Ecotrabalhismo na 5ª Conferência Nacional, o PDT comprova que a temática ambiental, é mais do que pertinente, ela se mostra um agente essencial para a soberania nacional, por exemplo, uma vez que a salvaguarda dos recursos naturais garante segurança energética e alimentar, bem-estar e dignidade da população.
Rumo à COP30
Olhando para o futuro, a expectativa é que essa construção coletiva se projete também em nível internacional, especialmente com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que está sendo chamada de COP30. O evento será a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, e está prevista para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará.
“A participação do Ecotrabalhismo e do PDT na COP30 será estratégica para projetar internacionalmente as propostas construídas de forma democrática e enraizadas nos territórios brasileiros. Defender a pauta ambiental neste espaço global é, acima de tudo, afirmar a soberania nacional. Como movimento político comprometido com a justiça social e climática, o Ecotrabalhismo reafirma seu papel na construção de soluções estruturais diante da emergência climática que marca o nosso tempo”, explica Sophia Vergueiro.