Produzido pelo Centro de Memória Trabalhista, documento detalha movimento liderado por Leonel Brizola
“Sejam quais forem as circunstâncias, eu vou ficar com a Constituição.” A emblemática frase do então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, abriu o encarte histórico produzido pelo PDT, a partir do Centro de Memória Trabalhista (CMT), para celebrar os 60 anos da Campanha da Legalidade.
Em seis páginas, os 14 dias de atuação do movimento cívico-militar – que garantiu, em 1961, a posse do então vice-presidente da República João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros – foram detalhados através de uma linha do tempo, que agrega fotos e textos.
Relembrando os tensos momentos no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, Brizola indicou, em 2003, o embasamento do processo decisório tomado ao longo da marcante sexta-feira, 25 de agosto.
“A primeira coisa que atentei foi para a injustiça que nós estávamos sofrendo: não podem nos desrespeitar dessa maneira. Por mais fortes que eles sejam. E eu passei a pensar — em nome do direito; em nome do que era correto; da nossa dignidade. E aquilo teve uma resposta do povo brasileiro, de tal ordem”, disse Brizola, responsável por formar a rede de rádios que informavam os cidadãos de todo o Brasil sobre a situação de combate às Forças Armadas.
Legado
Para o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, a Legalidade simboliza o enfrentamento do Trabalhismo em prol da democracia e dos direitos do povo brasileiro.
“Nós somos a resistência. O Partido, a bancada, os senadores, deputados, prefeitos, vereadores, todos têm que estar conscientes deste papel. No exercício do poder, temos que questionar os que humilharam a História brasileira. Nós viemos da História de Getúlio, da Cadeia da Legalidade, do presidente único da nossa história morto no exílio. Nós viemos deste patriota que foi Leonel Brizola”, afirmou.
Ao complementar, o secretário-geral do PDT e presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), Manoel Dias, citou a sustentação das bandeiras trabalhistas desde o ex-presidente da República, Getúlio Vargas.
“Vamos demonstrar nossa convicção de que há espaço no Brasil para um partido como o nosso, com a carga histórica sempre em defesa dos interesses da soberania nacional”, comentou.
Para conferir o encarte na íntegra, clique aqui.