PDT assina declaração da Internacional Socialista pró-democracia e vacina


Da redação
15/10/2021

Com críticas a Bolsonaro, Lupi representou o partido na reunião do Comitê para América Latina e Caribe

O PDT assinou a ‘Declaração de Cancún”, da Internacional Socialista (IS), que ratifica a mobilização dos partidos filiados na defesa da democracia, na popularização da vacina contra Covid-19 e no restabelecimento do crescimento econômico com justiça social. O documento é resultado da reunião do Comitê para América Latina e Caribe, realizada entre 8 e 9 de outubro, no México, e onde o partido brasileiro foi representado pelo seu presidente nacional e vice-presidente da IS, Carlos Lupi.

A organização chamou a atenção para a importância de preservar a plenitude dos sistemas democráticos e os direitos constitucionais dos cidadãos, fortalecidos pelas suas plataformas que confrontam representantes usurpadores, como o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, diretamente criticado por Lupi ao longo das agendas.

“Nossos partidos, na região, devem continuar fortalecendo o apoio dos cidadãos e consolidando nossos avanços eleitorais, pois temos propostas mais adequadas e democráticas”, apontou o texto, que cita problemas existentes no Haiti, Guatemala e Venezuela.

“Uma democracia bem-sucedida exige também a plena participação das mulheres na vida de nossas instituições políticas e sua incorporação ao processo de tomada de decisões, dimensão que nossa organização promove e defende”, acrescentou.

Os membros também ressaltaram que a sistêmica crise alastrada pelo coronavírus “está deixando um difícil equilíbrio” no continente, que é evidenciado, principalmente, “na perda de vidas humanas, na deterioração da qualidade e nas condições de vida” e no “declínio drástico” das economias.

“O Comitê, em suas deliberações, insistiu na necessidade de continuar fortalecendo nossos sistemas de saúde e de garantir o acesso justo e oportuno para todos à vacina e outros medicamentos e insumos necessários para combater a pandemia”, destacou.

“Mobilizar os recursos necessários para garantir que a recuperação pós-pandemia coloque as pessoas no centro, mantendo programas de apoio enquanto forem necessários e promovendo a recuperação da atividade econômica e do emprego com foco nos grupos mais vulneráveis. Todos os esforços necessários devem ser envidados para evitar que a lacuna de desigualdade preocupante em toda a região seja agravada pela pandemia”, completou.

Sobre as mudanças climáticas e os compromissos do Acordo de Paris e da Agenda 2030, o colegiado considerou um desafio “da humanidade” e ratificou os esforços a partir das regiões americanas, que são as mais afetadas globalmente pelas consequências, como furacões, inundações, escassez de água e degradação da biodiversidade.

“Os partidos que integram esta família política devem redobrar esforços e exortar a comunidade internacional, governos, parlamentos, organizações da sociedade civil e cidadãos a se mobilizarem e a agirem”, concluiu.

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