Reunião do Comitê para América Latina e Caribe é realizada pelo PDT no Rio de Janeiro
Na primeira sessão da reunião anual do Comitê para América Latina e Caribe da Internacional Socialista (IS), neste sábado (19), as representações partidárias, lideradas pelo vice-presidente da organização e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, e pela coordenadora-geral da IS, Chantal Kambiwa, reforçaram a unidade da organização na defesa da democracia e da autodeterminação das nações, bem como no enfrentamento do autoritarismo.
Os membros do colegiado apontaram, ao longo dos debates mediado pelo presidente do Comitê, Miguel Vargas, os panoramas político, social e econômico do continente e a necessidade de intensificar a construção de ações para garantir um ambiente de valorização do desenvolvimento responsável nos países americanos.
Ao abordar o impacto das redes sociais nos processos políticos e eleitorais, Carlos Lupi, que também ocupa o cargo de ministro da Previdência Social do Brasil, ressaltou a necessidade de “união para enfrentar a extrema-direta, que tenta propagar retrocessos”.
“É um encontro profundo sobre a realidade do mundo e da América Latina, que é dividido entre exploradores e explorados. O papel da IS é manter a unidade para a defesa intransigente da democracia, dos mais oprimidos e da autodeterminação das nações. O projeto individual deve ser colocado em segundo plano para garantir a proteção do povo. Precisamos encontrar caminhos para integrar, cada vez mais, nossas lutas”, disse Lupi.
“Temos que ter muita consciência e atenção sobre os movimentos reacionários que estão acontecendo, como nos Estados Unidos, México, Brasil e Argentina. O crescimento da direita é muito perigoso, pois é financiada por falsos democratas do sistema financeiro opressor. Querem limitar, influenciar e manipular os poderes do Estado e as massas”, complementou.
Exaltando a oportunidade de prestigiar presencialmente o evento no Brasil, a coordenadora-geral da IS, Chantal Kambiwa, abordou a expansão da representatividade das mulheres e a necessidade de estimular o apoio aos mais vulneráveis.
“Temos que ser solidários e estar ao lado dos que sofrem. Nesse pacto, sabemos que estamos passando por um processo turbulento e a esperança é reforçada com este evento”, evidenciou.
Segundo Miguel Vargas, o Brasil é uma referência na América Latina e mostra uma liderança em um “momento crucial contra o autoritarismo que ameaça a democracia e as liberdades”.
“Reforçamos nossas democracias e estimulamos os observatórios eleitorais. Temos que ter audácia e inovação para liderar o processo para garantir as políticas de inclusão, crescimento sustentável e as oportunidades para todos”, comentou.
“A chave que temos está na unidade e solidariedade. A IS, a partir dos seus partidos, são condutores para o sucesso das nossas ações para um futuro com justiça social em uma uma região mais resiliente”, acrescentou, ao manifestar solidariedade ao povo venezuelano na busca de uma democracia plena.
O evento contou ainda com as participações pedetistas da vice-presidente nacional, Sirley Soalheiro, do secretário-geral nacional, Manoel Dias, da secretária de Relações Internacionais, Juliana Brizola e da presidente estadual em exercício no Rio de Janeiro, Martha Rocha, e o vereador de Porto Alegre, Márcio Bins Ely.