Se quiséssemos caracterizar estes últimos decênios da história humana, sem dúvida, deveríamos chamá-los de idade da mídia, dos meios de comunicação – a propaganda, os jornais, as revistas, as agências e os sistemas de rádio e televisão. Nestes tempos, vem sendo a mais poderosa arma de dominação dos povos, isto é: a servidão consentida, através da mente humana. Tão poderosa que foi capaz de vencer e desintegrar um gigante como a União Soviética.
As máquinas de comunicação, que conquistam e impõem sistemas de dominação e exploração das nações ricas sobre as pobres, são os exércitos e as armadas destes tempos. Têm o poder de criar um ambiente no qual o falso parece verdadeiro.
Por exemplo: o neoliberalismo – que não passa do velho conservadorismo com nova roupagem – é uma doutrina que vem das nações poderosas. É o que convém àqueles países: que as raposas (no caso, elas próprias) passem a ter toda liberdade dentro do galinheiro.
Outro exemplo é o dessas chamadas privatizações, que o futuro irá demonstrar que foi uma época de oligarquias impatrióticas, que promoveram a malversação e o enriquecimento ilícito, em prejuízo do patrimônio público. Tudo sob a mistificação de que privatizar seria a grande solução salvadora para nós, países pobres.
A verdade, entretanto, nunca morre dentro do ser humano, cuja vida, mesmo sob o mais impenetrável dos obscurantismos, é uma busca permanente e até compulsiva deste valor supremo de nossa existência. É uma questão de mais ou menos tempo.
A verdade acaba por prevalecer, mesmo quando um avassalador monopólio de comunicação mantém toda uma Nação nas trevas.