No Café com Lupi, presidente nacional do PDT afirma que polarização não interessa ao País
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, liderou nova edição do Café com Lupi na manhã deste sábado (15). Transmitido para o Brasil e para o mundo, o programa recebeu o deputado federal Felix Mendonça Junior, da Bahia, e o editor-chefe da Folha Impacto, Barbudinho, para mais um bate-papo a cerca de questões nacionais. O extremismo presente no ambiente político do país e a construção da candidatura de Ciro Gomes à presidência da República foram os assuntos que estiveram em evidência dessa vez.
O PDT vem desde a última eleição presidencial propondo o caminho do diálogo, sob a candidatura de Ciro Gomes. “O passado que o Lula representou foi bom para o Brasil. O presente que o Bolsonaro representa é uma desgraça. Mas o futuro que o Ciro pode representar com esse projeto nacional de desenvolvimento é o que será melhor para o Brasil”, garantiu o presidente Lupi.
Sobre a atual pré-candidatura de Ciro para 2022, o presidente do PDT afirmou que é preciso construir boas alianças e se referiu a ACM Neto, ex-prefeito de Salvador. Neto deixou o cargo com 80% de aprovação e, de acordo com Lupi, fez um belo governo para a população soteropolitana. O partido foi aliado do político baiano nas eleições municipais de 2020, conquistando o cargo de vice-prefeito, com Ana Paula.
“A candidatura de ACM Neto [ao governo do estado] é uma porta de entrada para o quarto colégio eleitoral do Brasil, que é a Bahia, para fincar também a bandeira do Ciro […] O Neto fez um governo muito popular. Converse com os pobres de Salvador, veja como está a saúde de Salvador, veja como a cidade está arrumada, limpa”, disse Lupi rechaçando críticas a possível aliança.
É importante lembrar que Ciro vai encontrar um cenário semelhante ao de 2018, quando a polarização se consolidou na política nacional. São dois extremos: de um lado o lulopetismo e de outro o bolsonarismo. Para esses grupos não existe o contraditório, eles fomentam um ambiente belicoso, dando margem ao ódio.
“Conviver com o oposto é tranquilo, mas conviver com o extremismo é pesado porque se tira a racionalidade de qualquer conversa. O extremismo que existe hoje no Brasil, a extrema direita com Bolsonaro ou quem é contra ele e quer partir lodo para o lado de Lula, são dois extremos que o Brasil não merece porque eles não raciocinam, não pensam o Brasil”, afirmou o deputado Felix.
O ambiente em que os ânimos se acirram com mais frequência é, sem dúvida, o virtual. Por meio das redes sociais e de páginas na internet, os grupos se apoiam em fake news para implantar a desinformação e destruir a imagem dos opositores. Além disso, o envio de mensagens puramente odientas é frequente, como no próprio Café com Lupi que, a cada sábado, recebe comentários ofensivos de alguns bolsonaristas.
“Esse ódio está impregnado nas redes sociais. As fake news tiveram um avanço muito grande a partir das eleições de 2014 e essa mentira para atacar o outro ficou normalizada. Enquanto a gente não construir uma legislação que, de fato, puna quem faz esse tipo de trabalho maldoso nas redes sociais, vai ser difícil combater o ódio”, explicou Barbudinho que também é criador da página Ciro Gomes Zueiro, no Facebook.
Para saber mais, assista ao programa na íntegra logo abaixo.