“Nossos programas não serão verdadeiros sem a revogação da Emenda 95″


Silmara Cossolino
09/09/2018

O candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, voltou a falar sobre a essencialidade da revogação da Emenda 95 – a Lei do Teto de Gastos, no debate da TV Gazeta, realizado na noite deste domingo (09), em São Paulo.

A menção foi feita na volta ao quarto bloco do programa, quando cada candidato responderia a uma pergunta de internauta enviada pelo Twitter. Ciro foi o primeiro sorteado e o questionamento foi sobre o Museu Nacional: qual a posição dos candidatos frente a ausência de verbas do governo.

O pedetista reiterou que o Brasil está com um problema muito sério –  já que foram postos vinte anos sem investimentos – e que o Museu do Ipiranga, em São Paulo, poderá ser a próxima vítima. Para o candidato, se não houver revogação  da PEC dos gastos, todos os compromissos não passarão de desinformação.

Portanto, todos os nossos programas não serão verdadeiros se não assumirmos com clareza a revogação da emenda 95. O Museu do Ipiranga em São Paulo pode ser a próxima vítima. O museu do Ipiranga está fechado por falta de verbas para sua recuperação”, advertiu.

Nos outros blocos, Ciro falou sobre sua proposta na área de educação em tempo integral no ensino médio e com estágio remunerado pelo poder público. “Uma em cada três escolas no Ceará já é assim”, disse.

O presidenciável também respondeu à pergunta de um dos candidatos, que o escolheu para falar sobre violência. Ciro foi questionado o que faria para conter o índice.  Ciro pontuou que é preciso banir o ódio que se desdobrou em violência substituindo a confrontação odiosa pelo debate de ideias.

“Precisamos ajudar o povo a entender que o que espalha o medo não é aparato, o que enfrenta de fato é uma polícia técnica científica equipada para cortar as cabeças das facções criminosas”, disse.

Em suas considerações finais, Ciro disse que está junto com os brasileiros que  acreditam que o país precisa mudar.

“Estamos juntos nessa batalha.  Não podemos continuar com 63 milhões de pessoas no SPC. O país não pode se manter alheio com os desempregados. Mas isso não precisa ser assim: um Projeto Nacional de Desenvolvimento tem a resposta para isso”

Por fim, aconselhou aos telespectadores estarem atentos ao que os candidatos às propostas dos candidatos.  

“Não decidam agora. Assistam aos debates e vejam se há coerência com aquilo que falam com aquilo que fazem. Se eles têm compromisso com a agenda da classe média, dos mais pobres, que são as vítimas dessa tragédia nacional”, disse Ciro em suas considerações finais.