A atualidade elevou inúmeros pseudoanalistas políticos lograrem questionável notoriedade e um intelectualismo discutível.
Ponderações rasas, clichês vazios e palavras de ordem desconexas tentam influenciar e disputar as narrativas em uma lateralidade rasa como de um pires, sem irem, de fato, ao cerne das questões mais profundas para a transformação social que nosso país tanto precisa.
É por esta razão que correlacionar partidos é um erro conceitual grave, uma vez que, são premissas históricas distintas e não equivalentes.
Nascemos de um movimento revolucionário, de uma força política que compreendeu e travou a mais genuína luta de classes: a Era Vargas, gênese de nosso nascedouro político é a síntese desta luta.
Basta analisar seu legado histórico: Ministério do Trabalho, CLT, salário mínimo, jornada de trabalho de 8 horas diárias, entre outras conquistas da classe trabalhadora; evidentemente, sem observar a conceituação e efetivação de nossa soberania nacional, e desenvolvimento econômico.
Somos também a corrente política reformadora que não se curva à manutenção do status quo de um Estado, feito para a preservação dos privilégios, de uma democracia burguesa, de uma ordem social sagrada e imutável. Jango pagou caro por isso, foi deposto e morreu no exílio.
Acreditamos na educação libertária e emancipadora de nosso povo, que desmonta o discurso meritocrático que só privilegia as elites. Leonel de Moura Brizola – herdeiro ilustre do fio condutor de nossa História – compreendeu isso, e foi o maior construtor de escolas do Brasil e um dos maiores do mundo.
Apoiamos o governo na ampla frente formada para combater a extrema-direita desumana e genocida que nos governava, mas também lutamos para fortalecer nossa História, nossas bandeiras e nossas causas.
Organizar o povo e o Trabalhismo para a luta! Para as verdadeiras causas que não se resumem apenas em um período de mandato do jogo eleitoral.
Já provamos que nossa causa é profunda, transformadora e possível. É de natureza revolucionária, que garante a emancipação do nosso povo, da afirmação inconteste de nossa soberania nacional, e de nosso pleno desenvolvimento econômico.
Somos socialistas. Devemos e podemos ocupar os espaços e ajudar a organizar a nossa sociedade para a luta.
O PDT tem esta gênese. O Trabalhismo tem esta tarefa.
*Manoel Dias é ecretário-geral nacional do PDT e presidente nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP)