O nome de Leonel de Moura Brizola agora está gravado no Livro de Aço dos Heróis da Pátria, que homenageia brasileiros que se destacaram na defesa e construção da história nacional. A cerimônia de Entronização dos novos Heróis e Heroínas da Pátria foi realizada, nesta quarta-feira(12), no Panteão da Pátria, e contou com a presença da neta de Brizola, Juliana Brizola, dos deputados pedetistas, André Figueiredo (CE), líder da bancada, Pompeo de Mattos (RS) e Afonso Motta(RS), do governador do DF, Rodrigo Rollemberg, entre outras autoridades.
A homenagem foi proposta pelo ex-deputado Vieira da Cunha (RS), autor da Lei 13.229/2015, aprovada pelo Congresso.
O líder do PDT, André Figueiredo, destacou a importância do legado de nomes como Brizola, Miguel Arraes, Rui Barbosa, Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, Maria Quitéria entre outras personalidades, para a garantia da democracia e do desenvolvimento do País.
“O Brasil, sem dúvida alguma, espera cada vez mais que a democracia se consolide e que as injustiças sejam combatidas. E que as bandeiras levantadas por Brizola, Arraes e outros tantos heróis e heroínas do nosso país possam ser as bandeiras do combate em defesa de um Brasil como eles sonhavam: um Brasil do povo Brasileiro”.
Ao agradecer a homenagem ao avô, em nome da família, Juliana Brizola declarou que o momento era de muita emoção para a família, porque a inscrição dele no livro é o reconhecimento do grande homem que ele foi.
“É olhar pra trás e ver que valeu a pena. É uma honra muito grande para a família, mas também temos consciência de que Brizola merece sim essa homenagem. Brizola foi um grande homem. Um homem corajoso, destemido e que enfrentou de cabeça erguida todos os momentos da sua trajetória política. Nós que ficamos queremos seguir o seu exemplo, porque carregamos na veia o sangue trabalhista, asseverou.”
Biografia – Brizola
Fundador do PDT, Leonel de Moura Brizola nasceu em 1922, em Carazinho, no Rio Grande do Sul, e faleceu no Rio de Janeiro, em 2004. Foi o único político brasileiro a governar dois estados diferentes: o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Também foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e deputado federal.
Brizola teve participação expressiva na luta contra a ditadura militar, tornando-se um dos protagonistas da história política brasileira.
Comandou a Campanha da Legalidade, em 1961, para barrar o plano dos militares, que pretendia impedir o vice-presidente João Goulart de assumir a presidência após a renúncia de Jânio Quadros. Em defesa do povo brasileiro, Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, se entrincheirou no Palácio Piratini, de onde liderou o Movimento da Legalidade. Sua voz em defesa da Constituição ecoou por todo o país e garantiu a posse de Jango em 7 de setembro de 1961.
Após o golpe de 1964, viveu no exílio no Uruguai, nos Estados Unidos e em Portugal, voltando ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia. Foi candidato à Presidência da República por duas vezes (1989 e 1994) e candidato à vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 1998.
A biografia de Brizola foi pautada pela luta em defesa da soberania nacional, dos direitos dos trabalhadores, do ensino de qualidade e da escola de tempo integral, sempre em prol da igualdade social.
No livro, com páginas de aço, exposto no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília o nome do político gaúcho estará ao lado de nomes, como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Getúlio Vargas, Anita Garibaldi, entre outros.