Nesta quarta-feira (30), o deputado federal e segundo secretário da Câmara dos Deputados, Dr. Mário Heringer (PDT-MG), presidiu a entrega do Prêmio Nise da Silveira de Boas Práticas e Inclusão em Saúde Mental. O prêmio, criado neste ano por iniciativa do deputado Fábio Trad (PSD-MS), busca reconhecer o trabalho de pessoas e instituições que promovam políticas de respeito integral às pessoas em sofrimento psíquico e situação de vulnerabilidade.
Mário Heringer afirmou a necessidade e a importância do trabalho feito por pessoas e entidades nesse projeto.
“Nós estamos atentos aos trabalhos que eles vêm fazendo e nós queremos que esse trabalho continue, que sirva de exemplo para outras pessoas, outras entidades. Fazer o bem sem olhar a quem, com carinho, respeito e solidariedade”.
Foram agraciados com diploma de menção honrosa: o psiquiatra Alírio Torres Dantas Junior; a Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme); a Clínica-Escola Mundo Autista; o diretor do Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro, Francisco de Paula de Negreiros Sayão Lobato Filho; e a Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente.
O nome do prêmio homenageia a médica psiquiatra Nise da Silveira, reconhecida mundialmente por humanizar o tratamento psiquiátrico no Brasil. Seu trabalho foi marcado por condenar tratamentos como o confinamento em hospitais psiquiátricos e o eletrochoque.
“É uma das melhores mulheres que o Brasil produziu. Ela revolucionou o tratamento da saúde mental. O prêmio reconhece e incentiva boas práticas, mas também mostra para a sociedade que existem mulheres transformadoras e Nise foi uma delas”, destacou Dr. Mário.
Mário Heringer também relembrou, nesta quarta, em entrevista, o embate no plenário para aprovação de projetos que reconheça esse trabalho.
“Tive um prazer danado de relatar esse projeto do deputado Fábio Trad. Quando a gente levou para o Plenário, muitas pessoas não sabiam nem quem era a Nise da Silveira. E, vendo que a oposição, naquele momento, apoiava muito a aprovação, entenderam como uma disputa política, por total desconhecimento, por total falta de informação de quem era Nise da Silveira. Nós tivemos que ser muito enfáticos, muito brigões, no Plenário, para que entendessem de quem que a gente estava falando. Felizmente, deu um tempo, as pessoas pensaram, pesquisaram e a gente saiu com a aprovação praticamente unânime”, contou o segundo-secretário, presidente do PDT de Minas Gerais.