Em discurso durante o encerramento da reunião do Conselho da Internacional Socialista (IS), em Nova Iorque (EUA), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, falou sobre o golpe aplicado contra os trabalhadores brasileiros pelo Governo Temer e pelo Congresso Nacional. O presidente destacou a aprovação da reforma trabalhista nessa terça-feira (11) e, hoje, a condenação do ex-presidente Lula pela Lava Jato, em primeira instância.
Lupi – que é um dos vice-presidentes da IS – pontuou que, imediatamente ao assumir o poder, Temer adotou políticas neoliberais com quebras de direitos sociais, como os direitos dos aposentados e pensionistas e dos trabalhadores, para “dar uma satisfação o sistema financeiro, que o ajudou a fazer esse golpe”.
“É uma coincidência que eu não acredito. Tudo isso está combinado para atingir um objetivo maior, a desmoralização, a destruição da política popular, da política de esquerda”, avaliou Lupi.
“Mais do que nunca, a nossa luta é política. Mais do que nunca nós temos de nos agarrar aos nossos princípios. Mais do que nunca nós precisamos estar convictos das teses da Internacional Socialista”, ressaltou o presidente do PDT.
Lupi também salientou que, mesmo com todo apoio da mídia brasileira e do sistema financeiro, governo Temer alcança mais de 80% de rejeição da população. Para ele, isso demonstra que a direita também comente erros, em vários países do mundo, e que a crise atinge todos os lados da política.
“Precisamos reafirmar nossos compromissos com um Estado eficiente, e que tenha como foco principal a construção de uma sociedade mais justa e fraterna”, disse.
Por fim, em nome do PDT, Lupi apresentou uma proposta em forma de declaração para que os refugiados – motivados pela fome, pela miséria ou pela guerra – sejam considerados cidadãos do mundo, garantidos pela IS.
Assista ao discurso na íntegra: