“Temos que redobrar o trabalho de organização porque o sucesso do partido nas eleições de 2016 depende do fortalecimento do PDT agora, em 2015”, afirmou Carlos Lupi nesta segunda-feira (13/1) no Rio de Janeiro, ao presidir a primeira reunião do diretório estadual do PDT-RJ deste ano realizada na sede nacional da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, no Centro da cidade, que aprovou os calendários de atividades e de reuniões para 2015.
O plenário aprovou propostas de Lupi no sentido de eleger diretórios em convenções municipais em todo o estado no decorrer deste 1° semestre; promover encontros regionais ao longo dos meses de março, abril, maio e junho – fechando com um grande seminário em julho, para definir a estratégia estadual para as eleições municipais de 2016; trabalhar por novas filiações que fortaleçam as listas de candidatos; e, por último, promover cursos de capacitação e formação política, da Fundação Brizola-Pasqualini, para novos e antigos filiados.
Ainda na abertura, Lupi explicou que por sugestão de José Bonifácio, vice-presidente em exercício do PDT-RJ, estava propondo a realização de encontros de diretórios municipais nas regiões dos Lagos, do Norte Fluminense, do Sul Fluminense e Serrana – em vez de um único seminário, em janeiro, como foi inicialmente pensado.
Sobre a participação do PDT no governo estadual, destacou a importância da secretaria de Saúde, entregue ao deputado Felipe Peixoto, juntamente com a de Defesa do Consumidor, assumida pela deputada Cidinha Campos. “Felipe assumiu uma área difícil, complexa, e nós como partido temos que dar todo o apoio e prestígio para que faça uma boa gestão”, destacou. Na Defesa do Consumidor, a experiência de Cidinha facilita a gestão.
Lupi observou que a primeira suplente do PDT, vereadora Tânia Rodrigues, de Niterói, deverá assumir o mandato de deputada no lugar de Cidinha, bastando para isto apenas Tania resolver questões internas com o seu grupo político – já que para assumir o mandato de deputada será obrigada a renunciar ao de vereadora.
No plano nacional, Lupi disse que recebeu um telefonema da presidente Dilma Rousseff no final do ano pouco antes da virada, com ela oferecendo ao PDT as pastas da Previdência ou do Trabalho. Prevaleceu a continuidade do PDT no Ministério do Trabalho e agora, no final do mês de janeiro, está programada reunião dos parlamentares do PDT em Brasília, da Câmara e do Senado, para discutirem políticas públicas para o Ministério do Trabalho, além da composição das mesas diretoras das duas casas legislativas.
Lupi também fez rápido relato do que viu e viveu em Budapeste, Hungria, na semana passada, onde estava de férias, quando ocorreu o atentado em Paris contra o “Charlie Hebdo”. Criticou a ascensão do preconceito contra árabes na Europa destacando que, como dizia Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”. Criticou também a decisão de ministros do interior da comunidade europeia, deste final de semana, de aumentar o controle nas fronteiras comuns.
Lupi também fez ainda uma defesa firme da importância da Petrobras para a economia brasileira e condenou a sistemática campanha contra ela na mídia que levou a desvalorização das ações da empresa embora a Petrobras – como foi noticiado recentemente – tenha se tornado a maior empresa de capital aberto do mundo, na produção de petróleo – ultrapassando a Exxon, americana.
“O que está por trás de tudo isto é o interesse das multinacionais no pré-sal brasileiro, descoberto graças à competência da Petrobras, operadora de todos os campos”, assinalou.
Oradores inscritos deram continuidade à reunião, levantando diversos assuntos. O professor Alvaro Bastos, por exemplo, lembrou que na resistência contra os nazistas na França, os muçulmanos tiveram papel destacado a partir da atuação do próprio imã – colaborador dos comunistas e dos nacionalistas franceses que enfrentaram a ocupação alemã.
O presidente da JS, Everton Gomes, por sua vez, criticou as medidas recentemente tomadas pela presidente Dilma, de mexer nas normas do seguro-desemprego e da aposentadoria, afetando direitos dos trabalhadores. “Essas medidas não foram tomadas pelo Ministério do Trabalho, mas pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento”, frisou, destacando que os trabalhadores não foram ouvidos. “Não podemos abandonar os ideais trabalhistas”, destacou.
Os oradores se multiplicaram, levantando assuntos diversos, como divergências internas no PDT de Duque de Caxias. Entre outros, usaram a palavra Maria Amélia Reis; Kiel, de Duque de Caxias; Professora Cândida, ex-subsecretária de Educação, também de Caxias; o sindicalista Urbano; o também sindicalista Djalma, de Belford Roxo; Zezinho, do Movimento Comunitário; Olga Amélia, do Mapi e da Federação de Mulheres; Chicão; Cacau de Brito; Zoraia Sauer, da Ação da Mulher Trabalhista e, de novo, Alvaro Bastos.
Último inscrito, Álvaro analisou a política anunciada pelo novo Ministro da Educação, Cid Gomes, defendendo a inclusão no currículo de escolas públicas de mais matérias e não a exclusão delas, como o novo ministro já anunciou que pretende fazer.
Álvaro defendeu a federalização não só da Educação, mas também da Saúde e da Segurança Pública – e criticou os cortes anunciados para 2015, no orçamento da Educação – já que a presidente Dilma disse ao tomar posse que o slogan de seu governo seria “Brasil pátria educadora”. Alvaro fez questão de frisar que apoia e torce por Dilma, mas que o PDT não pode deixar de estar à esquerda dela.
OM – Ascom PDT