“Ninguém é dono do PDT, o partido é uma instituição que pertence a todos e, individualmente, não pertence a ninguém – seja essa pessoa Lupi, Bonifácio, Carlos Correia, Ontiveros, Alzira ou o Ivan 41”, afirmou o presidente nacional e regional do PDT, ministro do Trabalho Carlos Lupi, nesta segunda-feira (11/7), na reunião do Diretório Regional do PDT-RJ realizada na sede da Fundação Brizola – Pasqualini, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio.
Além de citar pedetistas presentes, Lupi frisou que o partido “é um instrumento da sociedade e, como tal, precisa cultivar o debate interno para solucionar, sem ferir a ninguém, as suas divergências”. Alertou que especialmente nesse momento que antecede as eleições de 2012, “há necessidade de muita tranqüilidade para que projetos pessoais não sejam colocados acima dos interesses partidários”.
Lupi também manifestou seu otimismo em relação ao crescimento do PDT:
— Vamos aproveitar o momento para nos fortalecer sem abrir mão de nossa espinha dorsal, de nossa linha de conduta, de nossa linha ideológica. Queremos novos companheiros que fortaleçam a nossa presença nas páginas de política e que não nos levem para páginas policiais – afirmou, ressaltando que o prazo para novas filiações está prestes a se encerrar no dia 30 de agosto.
O diálogo dentro das correntes do PDT, na opinião do Lupi, precisa ser amplo e precisam ser ouvidos os companheiros de cada diretório municipal evitando-se atropelamentos, sempre em busca dos melhores caminhos para o PDT. “Hoje temos alianças no âmbito dos governos federal e estadual, sendo essa uma das razões de nossa força atual, por isso precisamos aproveitar esses mecanismos – que em outras oportunidades até foram usados contra nós – para nos fortalecer”.
— O Trabalhismo é uma grande força histórica e temos que ter competência para cooptar o máximo possível de lideranças para a nossa causa. Hoje temos no Brasil 27 partidos políticos, 17 deles com representação parlamentar. É por isso que todos os homens e mulheres de bem que quiserem vir para o PDT, devemos aceitar. Mas desde que se apresentem politicamente e tenham identidade com a gente, com nossa causa e não queiram esmagar companheiros que já estão no partido. Não somos uma sigla eleitoreira que vive de conveniências: temos história, temos objetivos e temos metas – sendo a educação a principal delas. Sabemos de onde viemos e para onde vamos – finalizou.
Lupi chegou ao Rio procedente de Resende, Sul fluminense, onde participou de evento na fábrica de caminhões da Volkswagen e se reuniu com militantes do PDT local liderado por Noel de Oliveira, que anunciou a filiação ao partido do atual prefeito da cidade, filiado ao PSDB. Logo apóso discurso, como anunciara ao chegar, saiu para viajar para Buenos Aires onde representará o governo brasileiro em reunião do G-20 hoje (12/7) e fará palestra sobre a questão do emprego na América Latina.
No inicio de sua fala, Lupi falara da reunião da Executiva Nacional com os presidentes e secretários estaduais do PDT que começa hoje em Brasília e vai até amanhã (13/7).
Explicou que a reunião é para discutir e organizar a convenção extraordinária que será realizada em Porto Alegre nos dias 1, 2 e 3 de setembro próximos, oportunidade em que serão realizados 12 painéis de discussão com os principais temas políticos da atualidade – para que o PDT tenha condições de se atualizar sua linha programática e produzir material de divulgação que será distribuído para todas as seções do partido nos 27 estados da Federação e estas, por sua vez, encaminhem o material a todos os diretórios municipais do partido existentes no país para que, em cima de estudos e debates, o partido tenha condições de, numa segunda etapa de discussões nacionais, programada para maio de 2012 – atualizar a sua linha programática.
“O apoio à luta pela jornada de trabalho de 40 horas, por exemplo, é uma dessas atualizações necessárias na linha programática do partido porque quando ela foi elaborada, há 30 anos, não existia essa discussão”, exemplificou Lupi. Explicou que além de estar preparado para as eleições do ano que vem, eleições municipais, o partido precisa começar a pensar a planejar sua atuação nas eleições estaduais de 2014 – dobrando as suas bancadas não só de vereadores e prefeitos, ano que vem, como de deputados e governadores em 2014.
por Osvaldo Maneschy