Lupi faz breve balanço de sua gestão durante palestra .
Debate foi promovido pela SAE. Geração de empregos, inspeção do trabalho e qualificação profissional foram os temas principais
Brasília, 21/12/2010 – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, participou na manhã desta terça-feira (21) do Ciclo de Palestras promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, no ministério do Exército. O tema da palestra foi “Desafios do Ministério do Trabalho e Emprego”, onde foi apresentado um pequeno balanço das atividades do órgão em 2010.
“Tenho orgulho de dizer que nós avançamos muito e o grande marco dessa evolução do Brasil é o programa Bolsa Família. Outros fatores importantes foram o crescimento da economia e o ganho real do salário que, ao lado da geração de emprego, fez a diferença na hora da crise. Todas as categorias, sem exceção, tiveram aumento real acima da média. Foram 15 milhões de empregos gerados em 8 anos do governo Lula. Fizemos o bolo e fomos distribuindo para a sociedade”, disse Lupi.
O ministro também destacou a importância do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “O FAT tem um patrimônio de R$ 165 bilhões e este ano teve o maior saldo positivo. Já o FGTS está com um patrimônio de R$ 240 bilhões, o que foi fundamental para a movimentação da economia brasileira. Investimos R$ 24 bilhões no programa “Minha Casa Minha Vida”. O FAT está pagando, esse ano, a 17 milhões de trabalhadores que ganham até 2 salários mínimos, o abono salarial. Com o pagamento do seguro desemprego, 6,7 milhões de trabalhadores foram beneficiados. Cerca de 75% do recursos do FAT vão para financiamento de micro e pequenas empresas. Mais de 25 milhões de trabalhadores tiveram algum beneficio do FGTS ou do FAT”, lembrou.
Lupi falou sobre as ações da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE). “Mais de 1 milhão de trabalhadores foram qualificados em 2010. O grande desafio é a qualificação profissional. Estamos desenvolvendo um projeto para que os abonos salariais não sacados sejam direcionados para a qualificação profissional”, disse o ministro. Segundo ele, os setores de Serviços e Construção Civil são os que mais carecem de mão-de-obra especializada.
O combate ao trabalho análogo à escravidão também foi citado durante a palestra. “O Pará é o maior receptor de trabalhadores em condições degradantes. O problema não é só quem contrata, mas também quem intermedia, o chamado “gato”. A incidência de trabalho escravo diminuiu cerca de 65%. A lista suja também contribui nessa redução. A empresa citada na lista fica dois anos sem poder fazer financiamentos com o poder publico. Precisamos divulgar e conscientizar sempre sobre esse problema”.
O ministro se posicionou a favor da redução da jornada de trabalho para aumentar a empregabilidade. “Sou a favor, defendi isso no plenário da Câmara. Na Europa a jornada é, em média, de 38 horas, rende mais. Não chega a 2% do custo final do produto da empresa. Sou a favor, defendo as 40 horas semanais. Alguns setores já adotam porque o trabalhador produz mais. Esse é o caminho e melhora, inclusive, a lucratividade das empresas”, declarou.
MTE