No encontro com lideranças regionais na terça-feira (18) em Foz do Iguaçu, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, abriu um leque de possibilidades para o partido nas eleições deste ano no Paraná. Ao anfitrião, Paulo Mac Donald Ghisi, presidente do PDT local e ex-prefeito da cidade, Lupi aventou a possibilidade do seu nome ser opção para candidatura própria a governador, a vice-governador ou a deputado federal. (Na foto, Lupi em Foz do Iguaçu)
Lupi iniciou no último dia 18, pela fronteira, uma série de visitas aos municípios paranaenses. Ele está ouvindo os pedetistas para ampliar o debate com vistas à sucessão estadual e ao mesmo tempo articular uma chapa forte para a Câmara Federal. No encontro em Foz, ele citou a afinidade do PDT com o PT tanto nacional, quanto do Paraná, porém, usando de metáforas, cobrou mais diálogo:
“Não podemos nos ajoelhar a ninguém. Quem quiser parceria tem que estar ao nosso lado na hora de empurrar o caminhão na subida e depois dar carona na descida. O que não dá é a gente empurrar o caminhão na subida e na hora de descer nos darem tchau”.
Para Lupi, a composição depende mais do PT do que do PDT.
“Se o PT quer casar, então chame porque quem quer namorar pisca, manda beijinho ou sorri para gente”. Em relação à sucessão ao governo do Paraná, Lupi afirmou que o mais legítimo seria apoiar a senadora Gleisi Hoffmann (PT) como candidata ao governo e o senador Osmar Dias sair candidato novamente ao Senado.
“Ocorre que esta correlação pode acabar com a formatação da chapa para a Câmara dos Deputados. Como vamos fazer para eleger os nossos federais? Como fica a questão do vice a ser discutida com todos os partidos aliados?”, questionou.
Diante da conjuntura, o presidente nacional do PDT afirmou que o partido avalia várias hipóteses. Citou como nomes fortes no Estado o senador Osmar Dias, hoje na diretoria do Banco do Brasil e presidente licenciado do PDT no Paraná, bem como do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet.
“Aqui em Foz do Iguaçu temos o Paulo Mac Donald como figura estratégica importantíssima que pode ser lançado desde deputado federal a governador numa candidatura própria ou ser vice numa composição”, disse Lupi.
O presidente em exercício do diretório estadual, Haroldo Ferreira, por sua vez, destacou o roteiro de reuniões pelo Paraná. “Além de Foz do Iguaçu passaremos por Cascavel, Umuarama, Londrina, Ponta Grossa e Paranaguá. Há dois meses também estão ocorrendo reuniões em Curitiba e região metropolitana”, lembrou.
Citando lideranças como Osmar Dias, Gustavo Fruet e Paulo Mac Donald, o dirigente estadual afirmou que o PDT tem uma posição privilegiada.
“Nesse processo eleitoral que se avizinha temos condições sim de uma participação efetiva na chapa majoritária. Osmar Dias deverá ser o nosso candidato ao Senado e teremos uma boa chapa para deputados”.
Paulo Mac Donald afirmou que a responsabilidade é de todos. “Esse trabalho de percorrer o Paraná é fundamental para verificar as nossas forças e nos preparar para defender o futuro do Paraná. Todas as decisões devem ser pensadas e tomadas em conjunto”, defendeu.
Neste ano o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, já visitou 12 estados com foco no fortalecimento da representação em Brasília. Na reunião terça-feira, 18, em Foz do Iguaçu ele disse que a meta é eleger entre 35 a 40 deputados federais – atualmente a bancada possui 18 parlamentares. Para ele, este é o papel de quem quer construir.Em todos os estados Lupi fala em ampliar as forças na Câmara.
“Precisamos ter bancada de deputado federal. É inadmissível, porque tivemos candidato a governador forte em duas eleições e não fizemos deputado federal no Paraná”, afirmou.
Na opinião do dirigente pedetista, um partido existe pela sua representação no Congresso Nacional.
“É lá que está a briga pelos recursos porque 85% dos recursos arrecadados pelos municípios e estados vão para a união. É lá também onde estão o tempo e o fundo partidário. Não há como obter recursos para as regiões se não houver uma bancada coesa para lutar em Brasília”, completou.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, estará em Ponta Grossa (PR) nesta quinta-feira (20) para conversar com os integrantes do PDT local sobre a presença do partido no cenário atual da política brasileira e a sua representatividade em todo o país. Durante o evento também será traçado um plano de ação para a região, juntamente com o presidente estadual do PDT no Paraná, Haroldo Ferreira.
O coordenador regional do PDT paranaense, Marcio Pauliki, apresentará o planejamento estratégico do partido para 2014 aos diretórios do PDT de 24 cidades dos Campos Gerais. A reunião acontecerá às 19h30 na Central de Distribuição e Administração Mercadomóveis (CDAM). A convenção estadual do PDT irá acontecer no mês de maio.
Amanhã, dia 21/2, dia do encerramento do giro de Lupi pelo Paraná, Lupi e a direção estadual do partido se reúnem em Paranaguá na sede do Sindicato dos Despachantes, que fica na Avenida Coronel José Lobo, 736 – com as principais lideranças do PDT da região sob a liderança do ex-prefeito da cidade portuária por dois mandatos, José Baka Filho. O objetivo do encontro é tratar de políticas públicas e as eleições de outubro, que promete “fortes emoções”, na avaliação de Baka. Espera-se também a presença do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet e do ex-senador e atual vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias.
O giro de Lupi pelo Paraná, entre 18 e 21 de fevereiro, cumpriu a seguinte agenda: 1) Dia 18 – terça-feira – as 19hs, em Foz do Iguaçu, encontro regional organizado pelo ex-prefeito Paulo Mac Donald Ghisi; 2) Dia 19 – quarta-feira ao meio dia, em Cascavel encontro regional organizado pelo deputado André Bueno e prefeito Edgar Bueno; e 3) Dia 19 – quarta-feira, 19hs, em Umuarama, encontro regional organizado pelo deputado Fernando Scanavaca e prefeito Moacir Silva II. A programação prossegue hoje, dia 20/2, ao meio dia, em Londrina, com uma reunião organizada pelo ex-prefeito Homero Barbosa Neto II; às 19 hs, com a reunião de Ponta Grossa organizada pelo empresário Marcio Pauliki; e amanhã, dia Dia 21, ao meio dia, em Paranaguá – com o encontro regional organizado pelo ex-prefeito Jose Baka Filho.
A programação faz parte das discussões internas protagonizadas por Lupi em todo o país, visando a definição dos rumos partidários e a participação dos pedetistas nas eleições de outubro próximo.
No Paraná, ano passado, em 14 de junho, o PDT lançou Osmar Dias como pré-candidato ao Senado, preferencialmente, em uma articulação que deve ganhar corpo a partir do próximo mês de abril quando é prevista a sua desincompatibilização da vice-presidência do Banco do Brasil. O presidente em exercício do partido no Paraná, Haroldo Ferreira, admite que há conversas em andamento com outras siglas visando a composição de aliança para as eleições majoritárias – de Governador, Vice-Governador e Senador – mas como anunciou Osmar há poucos dias, ele reforça que a questão está sendo avaliada também considerando as listas de pré-candidatos para a Assembléia Legislativa e a Câmara Federal.
O presidente estadual Haroldo Pereira afirmou recentemente que nas principais cidades do estado o PDT tem outras lideranças preparadas para a próxima eleição.
“Na disputa a presidência devemos caminhar com Dilma Roussef, no estado a tendência é acompanhar Gleisi Hoffman na disputa pelo governo e Osmar Dias para o senado. Essas reuniões e esses encontros são exatamente para aferimos os desejos do partido”, disse.
O presidente do PDT em Foz, o ex-prefeito Paulo Mac Donald, também comentou sobre ser o possível candidato do partido ao governo do Estado. “O grande articulador é o nosso presidente nacional, Carlos Lupi. Eu até estranhei, mas a minha reação foi positiva quando falaram que talvez Foz do Iguaçu pudesse ter um candidato a governador. Muita gente diz que não vou me eleger, mas quem é que sabe? Vamos aguardar.”, argumentou Mac Donald.
MCS/OM – Ascom PDT/midia