O ministro Carlos Lupi afirmou nesta sexta-feira (18/2) estar com a consciência tranqüila após a votação do projeto do salário mínimo em que parcela do PDT, votou contra o governo. Ele se declarou contrário a qualquer tipo de punição a esses parlamentares, uma vez que o Executivo saiu vitorioso.
“Não acho que seja inteligente fazer retaliação com ninguém, porque o governo ganhou., é vitorioso. Foi aprovada uma política de salário mínimo para os próximos quatro anos”, disse aos jornalistas após encontro com dirigentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
“Nós temos que ter grandeza para saber vencer. Quem não sabe ter grandeza para saber vencer depois não sabe perder”, acrescentou.
Lupi, presidente licenciado do PDT, foi cobrado a buscar maior empenho de seu partido na votação na Câmara dos Deputados do valor de 545 reais para o salário mínimo na última quarta-feira, quando o governo ganhou por margem folgada. Nove parlamentares da bancada pedetista votaram por um valor maior.
O ministro disse que quem tem que responder se ele fica ou não no ministério é a presidente Dilma Rousseff. Contou que conversou com ela na quinta-feira “apenas assuntos de trabalho” e que a presidente estava feliz com a vitória do mínimo. Para Lupi, cada deputado DOpdt votou conforme sua consciência.
Antes, em outra entrevista, Lupi declarou: “Estou sempre preparado para ir embora” ao ser questionado pelo repórter da Folha Online sobre como ficaria a sua situação pessoal depois que nove dos 26 deputados federais do partido votaram contra o Governo.
Atendendo a solicitação da presidente, Lupi defendeu junto a bancada do PDT a proposta do governo conseguindo que a maioria dela votasse ontem a favor do valor proposto pelo governo. Lupi confirmou a pressão, mas ressalvou: “O processo democrático é assim”.
O Ministro negou, porém, que tenha si do ameaçado de perder o cargo caso a bancada do PDT não votasse com o governo e fez questão de assinalar que seu cargo é político.
“O meu cargo é de confiança. Eu disse isso à Presidente há algum tempo. Sabe o que é que eu tenho em Brasília? Duas malas e roupa. Estou sempre preparado para ir embora”, enfatizou.
Em tom de descontraído, o ministro disse, antes do jantar promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, nesta quinta (17/2) em São Paulo, que suas relações com a presidente Dilma Rousseff permanecem “muito boas”.
“Tenho a consciência tranqüila, sei do meu dever cumprido. É um assunto que provocou polêmica dentro do partido, foi uma discussão ideológica. O partido não se troca por cargo”, finalizou.
Ascom/OM/Eli