Lupi: “É fundamental qualificação gratuita e de qualidade”

O Brasil terá de ampliar a oferta de cursos de qualificação profissional se quiser dinamizar sua economia e manter a expansão do mercado formal, afirmou nesta segunda-feira (2) o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Ele defendeu que empresários e governo devem unir esforços para oferecer capacitação com alta qualidade e sem ônus aos trabalhadores.

“Capacitar o trabalhador é responsabilidade dos governos federal, estadual e municipal, e também dos empresários, que são diretamente beneficiados. Podemos avançar muito na gratuidade dos cursos do Sistema S, que são ótimos mas ainda têm um custo muito alto para a maioria da população”, disse.

Lupi esteve em Campinas para participar da abertura do Fórum Social e do Trabalho, encontro organizado em pela prefeitura local que reuniu sindicalistas, empresários, políticos e estudiosos para debater os desafios do mercado de trabalho até 2022 e a Agenda Nacional do Trabalho Decente.

Em seu discurso, o ministro alertou para o fato de que o crescimento da economia está absorvendo a maior parte da reserva de trabalhadores de nível técnico, enquanto a estrutura disponível para capacitar a mão-de-obra ainda é pequena para atender o atual ritmo de expansão das empresas.

“Temos muitos universitários, mas infelizmente formamos poucos técnicos. É hora de investir mais em cursos de curta duração para setores estratégicos como construção civil, turismo e gastronomia”, defendeu, citando ainda a meta da presidente Dilma Rousseff de dobrar o número de vagas nas escolas do ensino técnico.

Previsões – Em entrevista aos jornalistas, Lupi voltou a prever uma alta geração de empregos formais para este ano e disse que o Brasil tem potencial para ser uma das três maiores economias do mundo até o final da década.

“Podemos chegar lá e o caminho para isso é a geração de empregos de qualidade, que estimulem a segurança do trabalhador e a inovação. Parece incrível, mas mesmo em estados desenvolvidos como São Paulo, por exemplo, ainda há casos de pessoas submetidas a trabalhos análogos ao de escravo”.

 

Veja o vídeo da prefeitura de Campinas.

 

MTE