Na CNN, presidente nacional do partido cobrou mudanças no modelo econômico para gerar progresso social
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, destacou na CNN Brasil, nesta terça-feira (23), o potencial e abrangência do Projeto Nacional de Desenvolvimento (PND), que é balizado nos ideais do Trabalhismo e estrutura a pré-candidatura pedetista de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto. Transmitido ao vivo, o programa “O Grande Debate” contou com a participação do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).
“É um projeto do PDT, partido que tem 41 anos de existência, fundado por Leonel Brizola e origem trabalhista na defesa dos direitos do trabalhador e da conciliação entre capital e trabalho. Não é só um nome, mas um projeto para que a população julgue”, afirmou.
“Tem começo, meio e fim para todos os setores essenciais. E que marca uma diferença fundamental: o modelo econômico. Queremos tocar na ferida da sociedade moderna, que é a acumulação de renda nas mãos de meia dúzia, enquanto a grande maioria, que produz e trabalha, está praticamente afastada do processo do lucro brasileiro”, acrescentou, condenando a concentração dos conglomerados financeiros e o impacto da dívida externa, além de defender a taxação das grandes fortunas.
Ao refutar a polarização no pleito do próximo ano, o pedetista detalhou, na sequência, a trajetória de Ciro para reforçar sua capacidade de liderar a implementação de medidas que viabilizem a retomada do progresso socialmente responsável.
“Vamos apostar na inteligência do povo. Por que deixar o brasileiro em um ringue cercado e dizendo que só tem duas opções? Não tem não. Nós queremos ter o direito de colocar para a sociedade o que pensamos”, disse.
“Nós temos que eleger alguém que tenha experiência e competência comprovada para dirigir uma nação continental. […] O Ciro, tendo sido prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, ministro da Fazenda e da Integração Nacional, ele adquiriu uma experiência que lhe dá condição de colocar um projeto para o Brasil. Nós estamos defendendo isso desde a eleição de 2018”, salientou.
Sobre a entrada de Sergio Moro, ex-juiz federal e ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro, na corrida presidencial, Lupi entende que seu currículo não reúne plenas credenciais para as devidas exigências do cargo de chefe da União.
“Currículo de juiz? É para o Supremo Tribunal Federal, não para ser candidato a presidente da República. Dizer que fez uma ação dura de prisão? É o papel do juiz, mas muitas delas suspensas pelo próprio Supremo. Então não vejo qual experiência que ele pode trazer. Dizer que é honesto não é vantagem de ninguém, é dever”, analisou.
“Um homem que dizia que era apolítico, que estava cuidando da Justiça com zelo, com honestidade, foi derrotado pelo Supremo, que desautorizou praticamente todas as suas ações. Depois de ter julgado, foi ser ministro do Bolsonaro”, criticou.
Confira íntegra da entrevista: