O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira (13/3) em seu programa semanal na Rádio Legalidade (web) que o PDT não participa “de nenhum blocão oubloquinho” que exista no Congresso Nacional porque tem princípios, é da base de apoio à presidenta Dilma Roussef e não tem por prática política “criar dificuldades para vender facilidades”.
Lupi acrescentou que “quem pensar de forma diferente que assuma as suas posições”, ao manifestar a sua satisfação pelo fato de a maioria da bancada do PDT ter votado contra a proposta desse apurar irregularidades na Petrobras, recém aprovada para criar dificuldades para o governo. Lupi justificou a sua posição:
“Não podemos confundir erros cometidos por integrantes da instituição com a própria instituição. A Petrobras é uma das maiores petrolíferas do mundo, criada em 1954 por Getúlio Varga, que hoje lidera no mundo a exploração de petróleo em águas profundas”. Destacou também que quando se fala em Petrobras é preciso estar atento ao jogo de interesses que existe neste setor onde também atuam estrangeiros interessados em enfraquecer a Petrobras.
“É preciso clareza e tranquilidade para analisar os fatos, não podemos confundir erros e mazelas de pessoas com a própria Petrobras”, garantiu Lupi.
Outra questãoque levantou foi a necessidade do Congresso, dentro da discussão do marco regulatório da Internet, garantir total liberdade de acesso da população à internet que, na sua opinião, precisa continuar democrática e livre por ser, nos dias de hoje, uma grande fonte de informação principalmente para as camadas mais pobres da população.
“Acessar a internet é uma maneira de democratizar informações e não concordamos com os que querem criar mecanismos comerciais para que grupos privados ganhem dinheiro com ela”, disse Lupi, frisando que é fundamental não permitir que grupos privados controlem a internet que precisa continuar sendo um instrumento democrático de informação.
Lupi anunciou ainda que sábado que vem, 15/3, estará em São Paulo participando do pré-lançamento da candidatura do major Olímpio ao governo paulista durante encontro do PDT paulista que está discutindo um programa de governo para São Paulo. Revelou também que semana que vem, dia 22/3, estará em Curitiba para uma reunião do PDT paranaense para discutir a composição da chapa do partido para a Câmara Federal, reunião esta onde também estará o prefeito da Capital, Gustavo Fruet.
Sobre o Rio de Janeiro, disse que o PDT-RJ se reuniu nos dias 10 e 11/3 para discutir um programa de governo para o Estado e explicou:
“Para nós é melhor construirmos um programa de governo com nossas propostas históricas do que discutir quem vamos apoiar. Temos que defender nossos princípios, nosso projeto de Nação, nosso direito à Educação, nosso direito ao progresso”. Explicou que o PDT-RJ está agora fechando os relatórios setoriais e, mês que vem, na reunião ordinária do Diretório Estadual, votará sua proposta de governo. “Estamos estimulando esta maneira de trabalhar em todo o Brasil, em defesa de nosso legado trabalhista”, afirmou.
Outro assunto abordado em seu programa foram os preparativos do partido para lembrar, em todo o país, os 50 anos do golpe da deposição do presidente João Goulart. Argumentou que as reformas de base, hoje, fazem falta: “Imaginem como seria o Brasil hoje se, por exemplo, Jango tivesse feito a reforma agrária 50 anos”.
Segundo Lupi, somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo, com imensos rebanhos, imensas extensões de terra cultivadas, mas também somos o país onde muita gente não tem o que comer, não tem acesso ao mínimo necessário para sua sobrevivência.
“Aa população brasileira precisa saber o que significou o golpe de 64, o atraso que representou para a democracia” explicou, assinalando que vários eventos, de forma autônoma, serão realizados pelo PDT em todo o país, inclusive em Brasília, onde está sendo organizado ato público na Rodoviária.
Segundo Lupi, é importante lembrar à população o valor da democracia, da liberdade, da livre expressão, do direito de votar e ser votado – as conquistas da sociedade.
“O golpe de 64 foi uma página obscura na história de nosso povo, que teve os seus direitos cerceados” afirmou, destacando que é preciso lembrar isto para que fatos como os que foram vividos nos anos da ditadura não se repitam. Ao concluir o programa, disse: “Somos hoje o que aprendemos ontem para que possamos planejar o futuro, um abraço para todos”.
OM – Ascom PDT