O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, aproveitou sua passagem por Roraima, na sexta-feira, dia 14, para anunciar a pré-candidatura do ex-vereador Telmário Mota ao Senado Federal. “Isso é irreversível. Não há força humana capaz de mudar essa decisão, que é do partido e dele”, declarou à Folha.

Lupi vem fazendo uma peregrinação por todos os estados, segundo ele, tentando “construir o partido”. A meta para 2014 é uma só: eleger o maior número de deputados federais possível, além de senadores. “Prioridade absoluta. É através dessa representação que configura a existência do partido em cada estado”, disse.

No caso de Roraima, conforme ele, a sigla tem se fortalecido, e o trabalho dos militantes locais foi considerado por Lupi, como exemplar. “O Telmário conseguiu representar toda a sociedade no partido. Temos movimentos de mulheres, idosos, negros. Muitas lideranças, como empresários e ex-parlamentares, então acho que temos condições de lançar candidatos a senador e a governador”, declarou.

Ele admitiu que sua vinda a Roraima serviu também para dar essa garantia a Telmário Mota. “Vim afiançar e garantir, não há outra argumentação que nos convença a não ser o voto que o Telmário tem. Acho que será um belíssimo senador, porque é corajoso, é ousado e povão, tem compromisso com as classes mais sofridas da população do estado de Roraima”, reforçou.

Contudo, Lupi não afastou a possibilidade da manutenção da aliança a nível nacional entre o PDT e o PT, da presidente Dilma Rousseff. “Estamos nos informando. Claro que tem autonomia de decidir no estado, mas sempre conjugado. Temos aliança nacional. Tudo isso pesa no cenário nacional”, ponderou.

Questionado sobre as chances do grupo apoiar a pré-candidatura da senadora Ângela Portela (PT) ao Governo de Roraima, ele conjecturou. “É uma opção. Vamos conversar. Se é a melhor aliança para eleger nossos deputados. Ângela Portela é uma candidata forte, mulher que tem muita representatividade e temos muito respeito por ela. É um nome que o partido vai analisar”, analisou.

De acordo com ele, nas conversas preliminares, se ventilou a possibilidade do PDT eleger entre dois e três deputados estaduais, um e talvez até dois deputados federais, e um senador. “Quem sabe até governador, se as alianças não forem aquelas que atendam os interesses das nossas eleições”, disse. A fórmula para alcançar esse resultado, segundo o próprio Lupi, é simples: negociação. “Vamos conversar com um e com outro. Política é a ciência e a arte de conversar e cumprir os mandamentos divinos, que nos deu dois ouvidos para ouvir mais que falar, porque só temos uma boca. E é isso que vamos fazer”, finalizou.

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