Na última segunda-feira (8), Rafaela Silva se consagrou campeã olímpica de judô. O ouro veio quatro anos depois de sua desclassificação nos jogos de Londres e de ataques racistas desferidos nas redes sociais.
A nadadora Joanna Maranhão passou a sofrer o mesmo tipo de covardia nas redes, após ser desclassificada das piscinas: “merece ser estuprada de novo”, disse um internauta.
Lideranças de movimentos pedetista em defesa do negro e da mulher acompanharam os acontecimentos e se manifestaram. Além de demonstrar indignação, os líderes fizeram uma análise racional dos fatos.
“A exposição das redes sociais desmitificam a crença de que o Brasil não tem preconceito. Desde a criação, o PDT luta contra o racismo no país. Rafaela Silva é vencedora em todos os sentidos, mas é exceção. Nossa briga é pela inclusão do negro, para podermos ver outras ‘Rafaelas’ no pódio”, comenta Ivaldo Paixão, presidente do Movimento Negro do PDT.
Já a presidente nacional da Ação da Mulher Trabalhista (AMT) do PDT, Miguelina Vecchio, foi taxativa: “O Brasil é um país misógino e xenófobo, como declarou Joanna Maranhão. Ela é vencedora duas vezes, por chegar aonde chegou sendo mulher e nordestina. A educação é o caminho para mudar essa realidade, trabalhando a equidade de gênero e social. É por isso que lutamos, dentro e fora do partido”.