Para senadora, evento é uma importante oportunidade de reflexão sobre a representatividade feminina nos parlamentos e sobre possíveis ferramentas de incentivo para que as mulheres ingressem na vida política
Começa nesta quarta-feira (6) a 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), grupo que reúne os parlamentos dos países com as maiores economias do mundo. O Senado e a Câmara dos Deputados vão sediar o evento, que ocorre até a próxima sexta-feira (8), com o tema “Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável”, e terá a líder da Bancada Feminina do Senado, Leila Barros (PDT-DF), como um dos integrantes da mesa.
O primeiro evento do P20 está marcado para às 15h desta quarta, no Plenário Ulysses Guimarães, da Câmara dos Deputados. Trata-se do Fórum Parlamentar do G20, que vai discutir questões de gênero dentro do P20. Haverá três grupos de trabalho para tratar dos seguintes temas: o combate às desigualdades de gênero e raça e a promoção da autonomia econômica das mulheres; a ampliação da representatividade feminina em espaços decisórios; e a promoção da justiça climática e do desenvolvimento sustentável sob a perspectiva de gênero e raça.
As recomendações da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, realizada no início do mês de julho em Maceió (AL), também serão tema da mesa desta quarta.
Para Leila, a dificuldade de se atingir o equilíbrio de gênero nos parlamentos envolve problemas como a violência política. Dados da ONU Mulheres mostram que 25% das mulheres na política já sofreram violência física no espaço parlamentar e 82%, violência psicológica. Em termos de representatividade feminina no Parlamento, o Brasil ocupa a penúltima posição entre os países do G20, melhor apenas que o Japão.
Na visão da senadora do PDT, o P20 é uma oportunidade de reflexão sobre a representatividade feminina nos parlamentos e sobre possíveis ferramentas de incentivo para que as mulheres ingressem na vida política.
“As mulheres são as maiores vítimas da violência política. Nosso país tem inúmeros desafios, mas isso é uma preocupação mundial. Precisamos de representatividade nos parlamentos. O maior desafio é esse. Além da maior participação, é incentivar as mulheres para que elas acreditem em seus potenciais e que possam exercer, sim, esses postos de comando e trabalhar no Legislativo”, afirmou Leila à Rádio Senado.