O deputado Julião Amin (PDT-MA) defendeu em Plenário a união de todas as forças políticas do Maranhão para tirar o estado da situação de pobreza, onde, segundo informou, 70 % da população vivem à margem do desenvolvimento. Ele criticou a oposição ao governador Jackson Lago, por usar a máquina midiática para atacar o governo e anunciar antecipadamente o seu fim. Os derrotados recusam-se a aceitar a derrota, recusam o jogo democrático e tentam solapar o mandato democrático e popular de Jackson Lago, firmou. Segundo ele, essa mesma oposição é a principal responsável pelo fato de o Maranhão ter 83 entre os 100 municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País; os piores índices de saneamento e de analfabetismo; e a maior taxa de mortalidade infantil entre os estados brasileiros. Criticam o governo por não ter feito em seis meses o que não fizeram em 40 anos. Para o deputado, o povo maranhense está cada dia mais vacinado contra as mentiras e ninguém no estado acredita nas denúncias contra o governador Jackson Lago. Ele citou números da educação para mostrar a diferença entre o governo de Jackson Lago e o período em que o Maranhão foi governado pela atual oposição. Dos 217 municípios do estado, disse, apenas 52 possuíam escolas de nível médio. No governo passado, em oito anos só três escolas foram construídas. Em oito meses este governo construiu 54. Quase 20 vezes mais. Corrupção. Ainda segundo o representante pedetista, só sobram dos governos passados números grandiosos relativos às dívidas que ficaram. Hoje, o Maranhão luta para negociar R$ 28 milhões que o Ministério da Educação e o Tesouro Nacional cobram do estado por desvio de finalidade, disse. Ele citou o caso da estrada Paulo Ramos/Arame, dada como construída pelo estado e, segundo disse, sobre a qual não foi colocado um metro de asfalto. Só aí foram US$ 33 milhões (cerca de R$ 60 milhões) desperdiçados. Mas para ele o caso mais grave foi o processo de venda do Banco do Estado do Maranhão (BEM). Na época, tomou-se emprestado R$ 333 milhões para sanear o banco, para depois privatizálo por R$ 78 milhões. O deputado afirmou que é preciso esquecer as diferenças do passado, para tirar o Maranhão do atraso. Vamos dar as mãos e ajudar o Maranhão a sair dessa situação. Esse é o nosso papel mais importante. Esta é a atitude que nossos adversários deveriam adotar neste momento, disse. Julião Amin citou o exemplo da pesca como uma das possibilidades econômicas para tirar o Maranhão da pobreza. Ele lembrou que o estado ocupa a segunda posição do ranking nacional de pesca, mesmo contando apenas com pescadores artesanais. Há quase um milhão de pessoas, brasileiros, que moram no nosso estado e vivem direta e indiretamente da pesca. São aproximadamente 200 mil famílias, disse. Com a industrialização do setor, acredita Amin, o Maranhão poderia alimentar milhões de brasileiros e ainda exportar peixes.
Jornal da Câmara