Pré-candidato à Presidência pelo PDT condenou extermínio de “pobres e negros” no Brasil
“O que aconteceu hoje na comunidade do Jacarezinho é um Carandiru a céu aberto; uma nova Candelária”, denunciou Ciro Gomes nessa quinta-feira (6), em suas redes sociais, após a operação com maior letalidade da história do Rio de Janeiro. Foram 25 pessoas mortas, incluindo um policial, na favela da Zona Norte da capital.
“Até quando o Haiti é aqui? Até quando vamos assistir as chacinas a céu aberto, a dor no mesmo céu descoberto, a morte de pobres, de negros, de irmãos indefesos?”, questionou o pré-candidato do PDT à Presidência da República, que esteve no local, em 2019 (1ª foto), para abordar os problemas da violência e do desemprego com moradores.
Para o ex-governador do Ceará, o País passa por uma “anestesia mórbida” perante a série de vítimas geradas por intervenções do poder público não só na segurança, mas também na saúde e demais setores. A menção reitera as críticas do partido aos governos federal e estadual, chefiados por Jair Bolsonaro e Cláudio Castro, respectivamente.
“Morrem 420 mil de Covid; morrem 25 pessoas numa ação policial; morrem bebês assassinados a sangue frio… isso é Brasil? O que está acontecendo conosco? Nada mais nos comove? Nada mais nos faz ser o que sempre somos?”, disse.
“Quem deseja mesmo transformar essa realidade, deve compreender o que nos levou até aqui e ajudar a mudar o rumo do país. Insistir nas mesmas soluções nos fará lamentar mais mortes e violência”, completou.
Segundo o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, “não é possível que a sociedade civilizada aceite a arma como instrumento permanente na sua vida”.
“Que política de segurança é essa, que tem como meta matar, morrer? Nunca se matou tantos civis, culpados e inocentes, e nunca se matou tantos policiais, culpados ou inocentes.”, relatou, em vídeo, ao mostrar contrariedade ao armamento da população.
“Até onde a sociedade vai assistir isso? Até onde nós teremos que ler, diariamente e permanentemente, mortes da Covid, mortes em confronto com a polícia, mortes por desleixo e descaso do sistema de saúde”, salientou.
Paralelo
Mais cedo, Ciro lançou um vídeo (veja, ao final) sobre “racismo estrutural”, onde expôs os reincidentes problemas da sociedade que atingem, em sua maioria, camadas mais populares.
“Entre os desassistidos, estão 60% das brasileiras e brasileiros negros e pardos que ainda sofrem, nos dias de hoje, os efeitos tardios da escravidão. E são os que ganham menos, são os mais perseguidos e os mais expostos à violência”, declarou, em produção da nova campanha de comunicação do partido.
Em um movimento de mobilização, o pedetista propõe alternativas democráticas para o Brasil, dentro das especificidades evidentes por todas as regiões.
“Com novas ideias, trabalho, paz, coragem e liberdade, o Brasil pode curar essa dor e acabar com essa vergonha. Juntos, vamos fazer florescer um Brasil justo e pleno de igualdade”, conclamou.
Confira o episódio, na íntegra:
https://www.facebook.com/cirogomesoficial/videos/294570718887798