Partidos da América Latina e Caribe defendem soluções pacíficas e democráticas para solucionar conflitos políticos nos dois países
O Comitê para América Latina e Caribe da Internacional Socialista (IS) defendeu a construção de soluções pacíficas e democráticas para as crises na Venezuela e Haiti. O posicionamento consta na “Declaração do Brasil” aprovada, neste domingo (20), por representantes dos partidos ao final da reunião anual, que foi realizada pelo PDT na cidade do Rio de Janeiro.
Liderado pelo vice-presidente da organização e presidente nacional licenciado do partido brasileiro, Carlos Lupi, pela coordenadora-geral da IS, Chantal Kambiwa, e pelo presidente do Comitê, Miguel Vargas, o colegiado apontou no documento, após debates iniciados no sábado (19), a necessidade do diálogo construtivo multilateral, com apoio da comunidade internacional, para fomentar alternativas viáveis e efetivas baseadas na autodeterminação dos povos.
Ao ratificarem o compromisso com a justiça social, a democracia e os direitos humanos, os participantes também destacaram a mobilização em prol do estabelecimento, por meio de resolução, de Unidade de Observação e Apoio Eleitoral na região.
“Apelamos urgentemente ao respeito da vontade popular como um ponto de partida válido para a restauração da normalidade democrática e o alívio da situação econômica que afeta milhões de venezuelanos”, afirmam, ao citarem o apoio do governo espanhol na mediação.
“Apoio humanitário, econômico e político para estabilizar, pacificar e institucionalizar este povo irmão, o que deve traduzir-se na realização de eleições livres, claras e transparentes. Escolher um governo que trabalhe para garantir a estabilidade, o desenvolvimento e o bem-estar do Haiti”, acrescentam, ao também pedirem, a partir de uma resolução complementar, o “desarmamento dos bandos armados”.
União e progresso
Diante da proliferação de discursos e medidas populistas que tentam enfraquecer a estabilidade das democracias e os progressos alcançados nas últimas décadas, as lideranças socialistas suscitam proposições para fortalecer as instituições, desenvolver estratégias conjuntas para consolidar o Estado de Direito.
“Reconhecemos a importância de estabelecer alianças políticas e de promover a cooperação regional como mecanismo para enfrentar o populismo e promover soluções democráticas e progressistas para os problemas comuns da América Latina e do Caribe”, indicam.
No texto, reconhecem ainda a necessidade progredir em direção a um modelo de desenvolvimento sustentável, inclusivo e inovador em nível global.
“Afirmamos o nosso compromisso em promover políticas que reduzam a desigualdade econômica, garantindo uma distribuição justa da riqueza e promovendo o investimento na inovação tecnológica e nas energias renováveis”, pontuam.
Com relação aos desafios sociais, os membros destacam o comprometimento com a igualdade de gênero e a proteção das minorias.
“Estes valores são fundamentais para combater a pobreza e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas da região. Instamos os governos a implementar políticas que promovam a participação igualitária das mulheres e a proteção dos direitos das comunidades vulneráveis”, salientam.
“Apelamos à colaboração internacional para incentivar a criação de riqueza, melhorar a distribuição de rendimentos e garantir uma vida melhor e digna para todos”, concluem.