Gustavo Fruet (PDT-PR), prefeito de Curitiba e candidato à reeleição pela coligação “Curitiba Segue em Frente”, afirmou que o município cobre as despesas do Sistema Único de Saúde (SUS) – uma responsabilidade do governo federal – para garantir o atendimento de saúde às pessoas na capital. Ele tratou do assunto na manhã dessa terça-feira (13) durante sabatina promovida pelo Diretório Acadêmico Clotário Portugal do curso de Direito do Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba).
Realizado na sede do Centro Universitário, no bairro Rebouças, o evento reuniu cerca de 400 estudantes. Fruet fez uma breve apresentação e, em seguida, respondeu perguntas feitas pelos universitários, com mediação do professor de Direito Constitucional da UniCuritiba, Luiz Gustavo de Andrade.
Ao ser questionado sobre a remuneração dos servidores da saúde, o prefeito citou que o governo federal deve cerca de R$ 100 milhões ao SUS de Curitiba e o valor é bancado pela Prefeitura. “O piso salarial dos servidores da saúde em Curitiba está acima da média salarial do país, além disso foram contratadas mais de 2 mil pessoas, não despedimos ninguém na crise.”
O prefeito disse que o modelo de financiamento dos municípios no Brasil não irá se sustentar a longo prazo. De acordo com ele, a Prefeitura arcou com 21,5% de seu orçamento na saúde porque, durante a crise, a demanda aumentou em 40%.
“Quando eu assumi, nós tínhamos na cidade oito Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o custo mensal para manter era de R$ 500 mil, com o governo federal pagando R$ 300 mil. Hoje, nós temos nove UPAS e vamos entregar mais uma no Tatuquara. O custo de uma UPA é de R$ 1,7 milhão e o governo federal continua pagando R$ 300 mil. No ano passado, pela primeira vez, Curitiba colocou mais dinheiro no SUS do que o governo federal. Isso é justo com a cidade?”
Gustavo cobrou coerência e responsabilidade nas propostas para a cidade e afirmou que, nesta eleição, as pessoas vão escolher entre a maquiagem e obras que transformaram suas vidas.
“Eu vejo os outros candidatos fazendo um festival de promessa sem fim, mas ninguém fala quanto custa. Isso é sustentabilidade financeira. Se não tiver essa preocupação, acontece como na década de 90 quando o ex-prefeito, agora candidato, não tinha dinheiro para pagar os salários e o 13º salário e fez empréstimo que foi pago pela gestão seguinte. Isso é irresponsabilidade. E, por isso, veio a Lei de Responsabilidade Fiscal. Falam em abrir unidades de saúde até mais tarde, nós já fazemos isso em dez unidades. Entre as 97 especialidades, reduzimos o tempo de espera para consultas e exames e, em algumas especialidades como geriatria e infectologia, o tempo médio caiu 70%.”
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