De acordo com André Menegotto, mais cinco municípios serão contemplados até de março de 2022

O PDT Paraná realizou no dia 23 de outubro, em Guarapuava (PR), o 1º Seminário do Projeto Paraná. O evento contou com a participação de representantes de vários municípios da região e recebeu 151 colaborações referentes aos diversos temas debatidos e que comporão a base da proposta que será apresentada pelo partido no processo eleitoral de 2022.

“A riqueza do Projeto Paraná está exatamente na maneira de se discutir, na dinâmica de ouvir, de envolver a população local, e ter, portanto, uma proposta coletiva. Não é um prato feito, não é algo que vem de cima para baixo. Isso vai dar uma vitalidade, uma autenticidade incrível”, avaliou o coordenador do Projeto Paraná e vice-presidente estadual do PDT, Nelton Friedrich, ao destacar o grande interesse de todas as pessoas que participaram do seminário.

O presidente do PDT Paraná, André Menegotto, afirmou que serão realizados pelo menos outros cinco seminários regionais até o mês de março de 2022, de forma a contemplar a escuta do maior número de municípios.

“O partido tem que ter o seu plano de governo, o partido tem que ter suas diretrizes e seu programa respeitado. Nós queremos discutir dentro das nossas vocações, dentro daquilo que o Paraná oferece como capacidade de trabalho, de talento, de potencial nas suas mais diversas regiões. E aí o nosso desafio: conectado com o Trabalhismo e com a nossa trajetória na história desse país”, ressaltou.

Construção coletiva de um projeto democrático

O evento, realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Unicentro (Sintesu), foi dividido em dois momentos. O primeiro expositivo e o segundo participativo.

Antes, porém, na abertura do Seminário, o presidente André Menegotto, o coordenador regional, Paulo Sirityuki, o presidente do PDT de Guarapuava, Sérgio Niemes (Professor Serjão), o presidente da Frente Trabalhista de Vereadores e Vereadoras, Marcos Vieira, o secretário executivo da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini no Paraná, Dante Barleta Neto, e a vereadora de Maringá, Ana Lúcia Rodrigues, deram as boas-vindas aos participantes.

“Nós estamos invertendo a lógica, invertendo a sistematização. Primeiro nós preparamos, nós ouvimos as bases, aquilo que as pessoas pensam e aquilo que as pessoas precisam no Paraná. Só depois definiremos quem serão os candidatos que levantarão essas bandeiras para a construção desse trabalho”, ressaltou o Professor Serjão.

A vereadora Ana Lúcia contou que saiu às 4h30 da manhã para participar do evento. “Fiz questão de participar desse seminário extraordinário para construir realmente um projeto para o nosso estado. E é um projeto para além do processo eleitoral que vamos enfrentar no ano que vem, um projeto coletivo de desenvolvimento como o PDT sabe fazer”, disse ao frisar que Maringá será a próxima região a sediar o Seminário.

Painéis

A importância da construção do Projeto Paraná foi abordada em quatro painéis.

Na primeira exposição, Nelton Friedrich falou sobre “O sonho de um futuro possível. “Nós somos hoje um estado que tem verdadeiras ilhas de prosperidade e diversos territórios de atraso econômico, de dificuldade de bem-estar social e de muita desigualdade entre microrregiões e regiões e entre as próprias pessoas e organizações que lá vivem”, observou.

Na sequência, o professor de Economia, Fábio Scatolin apresentou do painel “Projeto Paraná: Trilhas para o Desenvolvimento Sustentável”. Ele observou que hoje o Paraná cresce a 2% ao ano e que é possível mudar esse índice. “Se nós crescermos a 3,5% ao ano nós podemos dobrar a renda de todos os paranaenses. Ou seja, é preciso sonhar, é preciso ter metas, é preciso ter projeto”, observou frisou.

A terceira participação foi da professora de Direito Constitucional, Eneida Desiree Salgado, que apresentou o painel “Projeto Paraná: construindo democraticamente um projeto coletivo.

“A gente precisa fazer com que as pessoas participem politicamente. Não é só na hora de votar, é todo dia”, disse Eneida ao acrescentar que o partido tem o dever de fazer o reconhecimento das demandas da população. “Normalmente os partidos reúnem três ou quatro pessoas e dizem: olha essas pessoas tem uma visão linda do mundo, são muito capazes e vão dizer o que o povo precisa. Nosso projeto não é esse. Nosso projeto é perguntar para cada conjunto de pessoas, em cada região, o que eles querem”.

Por último, o professor Paulo Nobukuni falou das experiências da Regional Centro-sul e sobre a importância de conhecer as potencialidades locais.

Escuta ativa

A segunda parte do seminário foi de escuta. Todos os participantes tiveram a oportunidade de manifestar suas percepções sobre os principais problemas da região nas mais diversas áreas que envolvem a administração pública.

Ao final da dinâmica, foram colhidas 151 colaborações feitas pela população local. Todas serão sistematizadas, organizadas por eixos temáticos e estudadas pela equipe técnica responsável pela construção do Projeto Paraná.

Este processo, que vai se repetir em todas as regiões do estado, é fundamental para a construção coletiva de um projeto democrático que possa atender as demandas de todas as regiões.

Coordenação do Projeto Paraná

Fazem parte da coordenação do Projeto Paraná, o presidente estadual do PDT, André Menegotto, o professor e Pró-reitor de Administração da UFPR, Marco Cavalieri, a professora de Direito Constitucional da UFPR, Eneida Desiree Salgado, o professor de Economia Fábio Scatolin, as advogadas Audrei Dassoler e Luiza Simonelli, a secretária de Comunicação do PDT, Marcia Raquel de Oliveira, o Secretário Executivo da FLB-AP no Paraná, Dante Barleta Neto, e o secretário executivo do PDT Paraná, Diogo Tavares.

O projeto conta ainda com o apoio do engenheiro e mestre em políticas públicas e administração pública, Marcus Ganter, e com o acadêmico em administração e entusiasta do planejamento, estratégia, gestão e governança, Lucas Kogut, que coordenou dinâmica de escuta aplicada no Seminário.