“Melhor que ouvir 100 vezes é ver uma única vez”, ensina um provérbio chinês. Partindo dessa sabedoria oriental, a Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini de Pernambuco foi convidada pelo Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCCh) a observar de perto a experiência socialista no gigante asiático.
Designado a cumprir essa missão oficial, o diretor de formação política da seção pernambucana da Fundação, Arison Fernandes, foi enviado a Pequim para participar do seminário “70 anos após a fundação da República Popular da China e o Futuro de cooperação com a América Latina” entre os dias 4 e 14 de Dezembro. Ainda representando o Nordeste, quem também participou foi o vice presidente da FLB-AP da Bahia, o advogado Eduardo Rodrigues.
Além de conhecer a capital Pequim, eles participaram de agendas em outras cidades situadas ao Sul do país. Os pedetistas acompanharam discussões sobre o desenvolvimento econômico e social da China e as táticas do governo para acelerar a evolução tecnológica, diminuir os impactos ambientais, combater a pobreza do campo à cidade e outras contradições classificadas como principais. A comitiva que acompanhou as atividades tinha representantes do Equador, Peru, El Salvador, Uruguai, Panamá e outros países latino americanos.
Os trabalhistas nordestinos também visitaram grandes empresas, conheceram as zonas econômicas especiais, apreciaram espetáculos artísticos e culturais locais e testemunharam as grandezas alcançadas pelo governo chinês com o fortalecimento do Estado.
“Muito se fala das experiências socialistas, mas conhecer uma de perto dá outra perspectiva. Em pouco espaço de tempo, à luz da história, a China alcançou um desenvolvimento sem precedentes. Tecnologia, industrialização, combate a fome, a busca do pleno emprego, valorização da educação, distribuição de terra, de renda e consumo democratizado”, cita o diretor de formação política da FLB-AP de Pernambuco, Arison Fernandes.
Segundo ele, esses são feitos e êxitos de um povo que não nega sua história e o socialismo. “É nítido o sentimento patriótico e de identidade nacional. Tudo que falam sobre uma China antidemocrática e rígida não passa de uma campanha difamatória ocidental dirigida pelos EUA”, comenta. “Defender a experiência chinesa é defender a independência do terceiro mundo. É saber que podemos nos alçar a um projeto próprio de desenvolvimento e de libertação nacional. Precisamos entender a China, estudar sua experiência, para ousar e fazer um Brasil e uma América Latina soberana”, completa.
A FLB-AP de Pernambuco e da Bahia seguem a linha nacional de aproximação e amizade com o PCCh. “Acreditamos que a experiência da China é essencial para o Brasil. Somente um país industrializado, com soberania forte e que não se curva aos interesses do imperialismo norte americano pode se tornar desenvolvido”, analisa Fernandes.