O ministro Carlos Lupi está neste momento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre denúncias de indícios de irregularidades no repasse de recursos do Ministério do Trabalho para organizações não governamentais e de envolvimento de assessores com um esquema de pagamento de propina em benefício do PDT.
Inicialmente Lupi fez um relato sobre os trabalhos e estrutura do MTE. Disse que desde 2003, foram celebrados 491 convênios com entidades privadas, sendo que apenas 97 ainda estão em vigência.
O ministro reafirmou que não há corrupção em sua Pasta. “Se alguém fez algo no Ministério do Trabalho é individual e que pague”, afirmou.
Segundo ele, as denúncias são vazias e mostram que não houve propina, pois as empresas denunciantes não receberam dinheiro do ministério. “Apareça a prova, apresente-se quem levou dinheiro. Eu não compactuo com a corrupção. Quero corruptor e corrupto na cadeia”, disse.
Lupi voltou a pedir desculpas por suas declarações no início da semana, por ter dito que só sairia do ministério “à bala”. “Eu gosto de fazer o debate, às vezes exagero. Peço desculpas públicas. Presidente Dilma, me desculpe, eu te amo”, disse.
A audiência é acompanha atentamente por parlamentares do PDT, entre eles os deputados André Figueiredo, Paulo Rubem, Brizola Neto, Paulo Pereira da Silva, João Dado, Ângelo Agnolin e Weverton Rocha.