A Reforma da Previdência dominou o debate entre estudantes e parlamentares promovido nessa quarta (27) pelo programa Direto das Comissões. Realizado na Câmara dos Deputados, o evento faz parte do cronograma do Estágio-Visita, realizado todos os meses pela Segunda-Secretaria da Câmara dos Deputados.
“É muito produtiva a interação da juventude com o parlamento. Tivemos um debate de alto nível”, avaliou o segundo- secretário, deputado federal Dr. Mário Heringer (PDT-MG).
Entre os parlamentares que participaram do debate também estava a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que foi questionada pelo estudante Gedeão Nascimento Mendes, da cidade de Iuna, Espírito Santo, sobre seu posicionamento a respeito do tema. O estudante também defendeu a importância de uma renovação da política. “Nosso papel é cobrar que pessoas de fato apresentem renovação de práticas.”
Falando ser não base de governo, mas, “o próprio governo”, o deputado Julian Lemos (PSL/PB) reclamou haver um discurso de que tudo feito pelo governo é ruim, encampado pela oposição. “A reforma não é do Bolsonaro ou do governo. A reforma é do país”, disse, emendando:
“Tenho que concordar. Do jeito que está, a reforma não passa, mas isso é como um caminhão de melancia que vem cheio e no meio do caminho ele vai se adaptando até ficar no formatinho que tem que ser”. Lemos disse que a reforma busca corrigir injustiças e citou que o ex-presidente José Sarney teria uma aposentadoria de R$ 101 mil.
O segundo-secretário, Mário Heringer, replicou. “Nós não estamos aqui lutando contra a Reforma da Previdência do presidente Bolsonaro. Nós estamos dizendo que essa reforma do Bolsonaro não atende. Ela não atinge os militares da maneira devida, ela atinge os pobres de maneira indevida. Se você me apresentar a reforma que está aí, que atinge o salário do Sarney que você citou, de R$ 101 mil, se nessa Reforma da Previdência, do Jair Bolsonaro, tiver isso, pode contar com meu voto. Essa não tem”, finalizou o deputado.